terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Competição interna

Competição interna

Não existe algo mais tenso e desconfortável do que ser uma pessoa competitiva além da normalidade. Imagine então aqueles que desenvolvem uma luta interna, onde o adversário é ele próprio. Trata-se de um desafio estressante que rouba toda energia, devido ao volume de pensamento que este tipo de rivalidade imaginária exige. São indivíduos ansiosos, com dificuldades de relaxamento físico e psicológico. Vivem exclusivamente do trabalho e do desenvolvimento pessoal, embora neguem de pé junto que possuam estas características. São individualistas na busca de aprovação.
No geral, não observam que são assim porque criaram, involuntariamente, um mecanismo de defesa para fugir da repressão ou rejeição profunda a que foram submetidos. Envolvidos na educação exigente de ser melhor que o outro e, por isso, desenvolve o tempo todo o estado mental de vencedor. Questionados, ficam revoltados e não extravasam o sentimento da raiva. Quando cobrados, os pensamentos interiores não aceitam, todavia, procuram passar equilíbrio, preferindo o silêncio. Normalmente, possuem boas amizades e sabedoria para criticar os rivais que enfrenta a luz da realidade, evitando a disputa direta, porém, na ilusória, destroem com facilidade o inimigo secretamente.
Outro fato interessante é a de estarem sempre comprometidos com o que determina os objetivos da competitividade, deixando de lado as necessidades de viverem os relacionamentos afetivos com intensidade. Sempre dando prioridades as competições internas, preestabelecidas por acúmulos de atribuições, restando nelas à tentativa de recompensar aos íntimos que pendem carinho, atitudes superficiais, sem passar pelo verdadeiro ato de quem ama para valer. Isto tudo, sem falar na várias formas de justificativas não convincentes que conseguem formalizar.
Dentro das cabeças dos adeptos a competição interna, todo trabalho mental é feito em função de alimentar a criatura invisível, criada para ser derrotada com facilidade, devido à insegurança enrustida de não ter desenvoltura suficiente para encarar os adversários reais e, assim, compensar a vitória no campo psicológico. De formação extremamente rígida, sentem-se confusos e instáveis para vencer a luta diária da sobrevivência. Aparentemente não demonstram rivalidade e se colocam em desvantagem com uma suposta aceitação, distante da verdade de quem está sendo sincero. Hábeis e doutrinados para ser o que determinaram, poucos são os que conseguem codificar e reconhecer que são uns gladiadores internos a lutar em ilusão. Em exposição ou indagado na intimidade, prefere a postura de quem é calmo. São fortes externamente e fragilizados internamente, correndo sério risco de viver em sofrimento. Nada melhor do que abrir o coração e partir para uma competição saudável, entre ir à luta e descansar. E, se for o caso, deixar que vença o melhor para ter aprendizado!



Rubens Fernandes

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Boa formação

Boa formação

O comum é ouvirmos falar que já não fazem homens como antigamente. Bobagens...
Ocorre que a população cresceu e por esta razão se ouve falar mais de pessoas sem qualidade moral, de má índole, praticando os maiores absurdos, enganando a si e os outros.
E você? Já parou para pensar nas atitudes que praticas?
Não se trata das ações feitas por marginais sujeitos aos julgamentos das leis, mas, das vontades interiores que escondemos a sete chaves e, por receio da descoberta, as alimentamos no campo psicológico. As práticas de esconder mentalmente e controlar as repressões começa principalmente na infância e acompanha o adulto. Verdade seja dita, se pararmos para analisar profundamente, sem medo da própria mentira, deparará com uma prática mental ilícita, porém controlada. Fato que gera conflitos e muita angústia.
São semelhantes a uma personalidade de má formação, pronta para enganar a todos, certo de que as têm no refúgio das contestações autoritárias (pais, professores, autoridades) pela qual ficou exposta no passado, criando desta forma, uma blindagem interior. São tantas as ações mentais as escondidas que se fossem colocadas para fora, o mundo seria uma confusão geral. Ainda bem que a maior parte da humanidade sabe conviver muitíssimo bem com estes desafios mentais e transformá-los em compreensão para crescimento e desenvolvimento da boa formação.
Com frequência observa-se o mau caráter sendo confundido com o famoso foi sem querer e, em seguida, agir no condicionado ato de pedir desculpas. Tudo praticado na maior cara de pau. Estes são os perigosos, os egoístas e os personalistas. São os que não ficam somente nos pensamentos. Vivem sem dar atenção à consciência. Não possui no coração a fórmula correta de viver em sociedade. Não entendem ou fazem por não entender, o que não é bom para si não pode ser bom para o outro.
Graças ao bom Deus a maioria sempre age no campo imaginário, até encontrar onde está o erro e transformá-lo em uma nova atitude, consciente, digna e de acordo com as regras divinas e sociais.
Nada de confundir ou sentir culpado só porque foi repreendido ou reprimido, mesmo que nas entranhas da mente tenha maus pensamentos. Neste momento, coloque a boa formação de caráter para discernir o que é certo do errado. A humanidade precisa e agradece as práticas do bem.

Rubens Fernandes