quarta-feira, 30 de maio de 2012

Discórdias



Discórdias



Ocorrem com frequências nos mais variados tipos de relacionamentos. As discordâncias são corriqueiras para que haja equilíbrio e experiências entre as partes. Porém, o que não pode é a manifestação isolada, onde os adversários julguem estarem certos conforme os padrões e conceitos adquiridos.

Fato é que quando ocorre uma disputa com explanação de justificativas, todos querem elevar o tom da conversa, passando por cima do suposto adversário, sem se importar com a diferença natural de opiniões.

O negativo da desavença é a visão intrapessoal, sem observar a argumentação oposta, impondo, por prepotência, ações para preenchimento do ego que não permitem a realidade dos fatos, o que leva a um conflito de ideias, anulando a compreensão e a elucidação da discórdia. Quando um não quer, dois não brigam. Fácil seria se uns dos lados atentassem para a formação emocional do outro, o que geraria compaixão, menos briga e esclarecimentos sem cobranças.

Na disputa pelo poder não existe a badalada autoestima porque todo aquele que se volta contra o outro para ter a posse ou domínio, extrapola os direitos humanos, sem assimilar os argumentos contrários. Bom seria se os envolvidos se declarassem com amor, pois a recíproca é verdadeira e as diferenças colocadas com precisão, transformando brigas em saudáveis diálogos de aprendizagem.  

A autoafirmação nunca deve ser imposta frente à discórdia. Não se deve conduzir a discussão com argumentos pessoais. Nada de triunfar, a questão é elucidar. Se a maioria observasse a autovalorização, permitindo a oratória franca e sincera, a confiança entre as partes estabilizaria as desavenças e muitos rompimentos de amor e amizade deixariam de existir.

Todo ser é confiante quando descobre que o coração bate mais forte para desarmar uma mente dominante. Dar vazão aos pensamentos é justo desde que se encontre o respeito pelo próximo. Quando atinjo a consciência de que o próximo sou eu, descubro que quando discordo, luto comigo antes, saindo do campo de batalha ferido pela culpa.



Rubens Fernandes






terça-feira, 22 de maio de 2012

Confusão Mental

Confusão mental


Ao que tudo indica existe confusão mental quando abandonamos a orientação do eu espiritual, fato que leva naturalmente a criação da dupla personalidade. A razão está na insistência de não reconhecer o eu consciente para viver os arquétipos do dia a dia. Conforme os interesses, colocamos em prática o eu conveniente que ilusoriamente nos favorece.

Pode-se dizer que o bem e o mal estão integrados e atuando dentro de cada ser. Saber lidar e separar as atitudes a serem aplicadas exigem determinação e confiança. É preciso que se expanda consciência para praticar ações corretas e direcionadas ao crescimento individual e coletivo.

É através do desenvolvimento mental e espiritual que a humanidade segue o caminho em busca da tão sonhada paz. Saber vivenciar a consciência é que faz toda diferença.

Todos, sem exceção, possuem dupla personalidade. A questão está na forma da aplicação e da escolha.  O livre arbítrio é a decisão.

Dependendo da direção a ser tomada a vida pode ser mudada. Basta saber o quer. A melhor recompensa sempre vem da mente limpa, esclarecedora e instruída em comum acordo com os reais valores humanitários.

A natureza não separa o joio do trigo. Tão pouco o amor do ódio. Muito menos os bons dos maus. A separação é uma opção de fórum íntimo, a preferência é que irá determinar um futuro melhor, uma sociedade forte e um universo composto por homens determinados, a influenciar o meio ambiente físico e social.

Nunca existirá felicidade numa mente dividida. Mergulhar dentro de si e trazer a tona o eu verdadeiro, são características dos fortes e corajosos. São os guerreiros da luz.

Para fugir da dupla personalidade tem que obedecer a voz da consciência, enriquecida pela seiva das raízes profundas que liga o amor com as ramificações dos relacionamentos. O conhecimento de quem você é no sistema mental, por si só, reconhece a direção a ser seguida. Somos obra de Deus... Pai e filho integrado na mesma pessoa com orientação do Espírito Santo.

Então... Nada de nos autoprotegermos nas máscaras da ilusão.

Rubens Fernandes






terça-feira, 15 de maio de 2012

Subterfúgio

Ao subestimar a decisão certa que devemos tomar, o ego passa a dominar as experiências e fatalmente sentiremos incomodados com pensamentos desanimadores. O comum é ficar no devaneio mental, sem observar o desgaste físico, abrindo brechas para que o estresse se instale. Um subterfúgio exemplificador é a da religiosidade, é mais fácil se esconder atrás do amor de Deus do que se mostrar por amor a Deus e, neste caso, a culpa é que se instala.

 Esquece o homem que a cumplicidade interior é que o faz feliz. A lealdade começa de dentro para fora. Nada de artifício para criar a união do querer com a responsabilidade do realizar. Seja ela no ganhar ou no perder, não importa, o prazer da realização tem que estar em afinidade com o sentimento agradável do acontecer. Ter espontaneidade para não perder a naturalidade do amor.

Em muitos casos os seres humanos acreditam estarem protegidos e fora do alcance das percepções externas dos seus erros. Ao julgar as ações alheias, aponta com sinais os mesmos defeitos que trazem escondidos, iludindo-se a ocultarem para não assumirem os defeitos que julgam. Desonestos, rouba de suas pessoas a dignidade de assumirem a imperfeição.

A manifestação de tanta insegurança entre os relacionamentos é causada pelos disfarces das máscaras que se formam para fugir da verdade, talvez, pela prática diferente da formação de caráter que cada qual foi submetido. Viver em subterfúgio e expor o que os conceitos sociais induzem é fácil, o difícil é encarar os desejos que abortamos conscientemente. Nunca seremos felizes vivendo por fora o que não carregamos por dentro. Tudo que está escondido tem a necessidade de ser encontrado, independente de ser revelado ou violentado. Só a verdade salva e tem que se tornar visível pela ligação da mente com o coração.

Usar de subterfúgios para fugir do que tem que ser, é tapar o sol com a peneira. Acreditando estar protegido, caímos na denúncia do bronzeado estampado no corpo. Ficar vermelho na hora é melhor do que ficar roxo o ano inteiro. Assim sendo, nada de subestimar a vida!



Rubens Fernandes

www.rubensfernandes.blogspot.com

terça-feira, 8 de maio de 2012

Terapia da vida


         A melhor terapia frente a todas, embora possua os mais diversos nomes e que no fundo são relativas para não dizer iguais, é a terapia da vida. Só muda de nome. O jeito de expressar e comunicar continua o mesmo. Basta colocar uma metodologia aqui e outra ali e elas vão se espalhando. As diferenças são as assinaturas dos autores. Por sorte, o que importa são os valores e a forma consciente de ministrar e dedicar para curar os males da alma. O triste desta história é a insegurança, esquecendo que somos desde o início da humanidade, autoditada em psicologia.

         As pessoas procuram entender apenas o seu problema e a partir deste julga os demais. Não sou um excelente pai, como acredito que não exista uma excelente mãe, porém, amamos nossos filhos e nos dispomos a vê-los melhores do que nós. Menos sofrimento, mais educados, livre das tensões, sendo amados e respeitados. Sinceros e honestos. Todavia, não depende de mim e nem de você e, sim, da vontade deles. Através do que eu fui e sou posso entendê-los e ensiná-los para os prazeres responsáveis, adaptados nos desejos que lhes pertencem, porém, nem sempre significa o que querem em razão da liberdade de escolha.

         Não existe, José Benedito, Francisco, Gustavo, Rubens, mas, Maria Olivia, Isabel, Leoni, Aparecida, que formam um contexto a se aprimorar como gente, a refinar a poderosa ilusão que retira a expressão do amor que existe entre pais, filhos e eternos namorados.

        Nossa raça intitulada de humana não consegue abrir o leque da compaixão para amar e ser amado. Somos egoístas nas dolorosas críticas, expressadas em atos patológicos ou guardadas em julgamentos a revelia do opositor, sempre na insistência de enxergar somente o que nos interessa.

         Somos ingratos e ladrões de dignidades. Praticamos o que condenamos. Não temos memórias e transferimos sofrimentos como bactérias ambulantes, espalhando mágoas e adoentando inocentes.

          Meu íntimo está ferido... Seu íntimo está ferido e preferimos deixar o tempo passar a aceitar os erros que cometemos. Somos covardes poetas a formular lindas frases sem saber perdoar.



Rubens Fernandes