Reciclagem para 2014!
Não se trata de um trapo velho em forma de um terno ou de um vestido.
Carro, TV ou qualquer peça material. Reciclado, também tem sentido para os sentimentos...
Sim... Os envelhecidos, mantidos ao longo da vida para levá-los até o túmulo.
São os sentimentos incrustados nas decepções e armazenados sem o espírito
renovador.
Muitos não têm consciência que usar os velhos hábitos no dia a dia,
resulta em sofrimento, mas, mesmo assim, consciente ou inconsciente, preferem
alimentá-los por longos anos sem dar conta que poderiam reciclá-los para o
próprio bem. Turronas se transformam em pessoas que aos poucos vão se
valorizando em outros canais de manifestação. Egoísta, prepotentes, entre
outros. Geralmente, encontram o prazer no trabalho excessivo e no descanso
pouco compensatório. Fugindo sempre da oportunidade de efetuar dentro de si o
reciclar dos sentimentos que a entrega corrige. Isto é, não permitem a compreensão do
envolvimento pela ação da transformação. Esquecem que atitudes em forma de
carinho, de aconchego e de afeição, são excelentes meios para construção do
amor próprio.
É entendível que o passarinho que passou muito tempo na gaiola não
saiba mais voar. Solto, torna-se refém da própria liberdade. Sem saber que o
seu instinto pode guiá-lo de volta ao prazer do bater das asas, todavia, voa
cego rompendo o céu para ser alvo fácil do gavião de prontidão. Tal qual, somos
presas às ações envelhecidas e as gaiolas são as nossas acomodações.
Muitos são como os pássaros engaiolados, são engaiolados pelos
sentimentos envelhecidos e não sabem o perigo que cometem ao usá-los por
insistência, escondido nas justificativas de já conhecê-los. E, libertos vivem
sem experimentar a liberdade.
São os que querem receber sem vivenciar a doação. Procuram manter os
velhos sentimentos pelo medo da decepção. Infelizes os que aceitam e não reciclam sentimentos...
Vivem dentro de uma gaiola. Vivem sem razão e sem romper a experiência da
realidade, nada restam, se não, a consciência de não desfrutar do ato de amar
prá valer.
Todos usam uns aos outros. São as ações involuntárias dos erros que cometem
um por usar e outro por permitir ser usado.
Na verdade, ambos são usados, por não conhecerem a luz da autoiluminação
que os fariam enxergar na escuridão.
Então... Sem teimosia... Em 2014... Renovem os sentimentos, rompendo
as barreiras da mente preconceituosa... Abracem e beijem pra valer. Lutem pelo
novo e agradeça o usado!
O Eu verdadeiro é o Nascer de todos os dias! Feliz Ano Novo!
Rubens Fernandes