terça-feira, 31 de maio de 2011

Semelhante... Porém, desigual

Semelhante... Porém, desigual
Existem as diferenças físicas, mentais e sociais... É só olhar e observar as formas de manifestar e se apresentar a criatividade da natureza. São os mais variados tipos, desde o mais simples até as mais complexas revelações.
Se você pensa que elas estão presentes só nos seres humanos, está enganado! Acontece com todos os seres animados ou inanimados. São feitos semelhantes, porém, desiguais. Identificados no interior de todas as coisas a ser experimentada nas mudanças constantes de tudo que surge e passa a conviver com os processos transformais do tempo. Fases de crescimento, envelhecimento e morte. Eis a beleza e o sentido da vida. Eis a questão! Nada simples desvendar os mistérios que atormentam a mente dos dotados de inteligências. As identificações e as durabilidades, porém, nunca a equação.
Todos formados por mundos únicos e com estruturas mutáveis, embora, comparados pela ciência e pela sociedade. Esta história de tal pai tal filho, na realidade não existe. O que existe são os jeitos e os trejeitos, mas, nunca a relação entre coisas e pessoas iguais. A impressão digital serve como um bom exemplo.
A maneira e a forma de se expressar é que faz a diversidade da caminhada em direção à perfeição. Tudo pela igualdade e pela fraternidade. O Universo existe pelas diferenciações. Ela é fundamental para equilibrar a expressão física e mental dos seres vivos, por consequência, aprimorar o processo espiritual rumo à evolução, separadamente. Independente, desde o momento do nascimento. Individual e feito para formar o todo.
Através dos atos e ações todos seguem em busca da correspondência perfeita entre as partes, dentro de um equilíbrio humanitário, pois, da consciência mais elevada, depende a proteção e a compaixão aos que se encontram na inferioridade, a partir do nível estabelecido. A compreensão é maior ato de humildade que um ser pode manifestar pelos seus semelhantes. Por isso, a responsabilidade de adaptação ao processo evolutivo, sem ciúmes ou vontade de expressar aquilo que não é. Sem depredar o meio ambiente. Nada de cópias e, sim, a originalidade desde o princípio, com capacidade correspondente ao desenvolvimento a ser feito pelas ações do tempo.
Dentro do sistema universal comparativo entre o homem, os astros e os demais seres não têm substitutos e, sim, a definição das semelhanças, com as diferenças interiores estampadas e bem definidas. Ocorre que durante as manifestações naturais dos que vivem a jornada do conhecimento, uns aceitam e outros não. Mesmo porque, os traços globais são os mais variados, desde uma beleza espontânea até uma feiúra contundente, uma longa ou curta vida, se encontrando e se envolvendo para formar uma nova criatura. Criando e desvendando características distintivas. Assim, formando os mundos parecidos e desiguais. Sempre que fundir um lado com o outro, vai existir uma criação independente e exclusiva.
A crença da igualdade, não importa se positiva ou negativa, é desumana, por tirar a liberdade de ser e viver pelas próprias qualidades. Todo cuidado é pouco com o nascer de uma nova criatura. Nada de rotular! A igualdade total só existe na consciência pura (Deus). Esta sim tem que ser igual a todos.

Rubens Fernandes

terça-feira, 24 de maio de 2011

Atrás do monte

Atrás do monte
A felicidade está atrás do monte. Percorremos a vida subindo e caindo tendo como destino chegar até o alto e, de lá, descer para encontrar a morada nas terras férteis que buscamos conquistar. Trata-se de uma luta diária sem perder de vista o sonho da realização. É preciso não permitir que esta chegada seja no momento que caminhamos para morte. É preciso alcançá-lo ainda com capacidade física e mental para desfrutar das vontades enraizadas, atrás de tudo aquilo que amontoamos. Toda vez que nos refugiamos, aumentamos o monte que construímos para tornar mais leve o sentimento de medo, exigido para vencer as crenças e que não constituem a verdade do que queremos. Assim, é preciso ir ao encontro do obstáculo a ser ultrapassado. Para tanto, a exposição das metas verdadeiras é fundamental. Porém, todo cuidado é pouco com as atitudes. Nunca confundir personalidade com falta de humildade. Falta de humildade é sofrer na obrigação de provar ser capaz de transpor barreiras. Personalidade é chegar pelo desejo da vitória e dividi-la com quem ama. Sem esforço da provação, mas, no esforço da motivação interior.
Muitos chegam até a metade, alguns chegam quase no topo, outros vivem próximos da base. Poucos são os que chegam ao cume, aonde ir além, desoprime pelo conhecimento da verdade, pois, é atrás da sujeira que se esconde a existência da liberdade. Enfim, é a busca constante para chegar ao apogeu. É o mesmo que escalar o Monte Everest, sempre em direção a natureza de um vencedor. Onde o reino do céu está estabelecido para todos num reinado de igualdade e fraternidade. Do alto, admirar o infinito. O nada que permite a construção do todo.
Se deslocar para cima é dolorido, a descida é o alívio das energias desprendidas, traz consigo a segurança de ser capaz.
Trata-se de uma subida que exige conhecimento e sabedoria, nunca a força física. Habilidade para compreender o passado que nos trouxe a montanha a ser superada. Determinação para enfrentar os barrancos que surgirão ao longo do percurso. Entender que o limite é chegar até o alto para poder decidir qual lado do mundo quer ficar. Sem culpa ou culpados. Com amor e não com a exigência de ser amado. Sem reclamo do porque sou assim, mas, na compaixão do porque os outros são assim. Desta feita, sem o peso que nos faz retornar onde tudo começou. A experiência atenua o caminhar para cima. Nela está integrado o universo que a tudo criou. E, colocada em prática, dissolve os morros que retrocede o objetivo individual de cada um, alcançar o idêntico universo criador. Livre, leve e solto.
Já repararam que quando estamos em perigo nos escondemos atrás do monte, ou melhor, atrás de todas as sujeiras amontoadas? É uma forma de sobrevivência que torna a montanha cada vez mais alta. É a ilusão de ser e não a realidade de existir.
Não importa onde estejamos... Temos uma jornada iniciada ao nascer, ir para trás do monte, não na hora do perigo e, sim, na dissolvência de estabelecer o direito da felicidade constante. É lá que estão as terras prometidas a Moisés ao povo de Israel.

Rubens Fernandes
rubensfernandes@bol.com.br

terça-feira, 17 de maio de 2011

Rainha do lar

Rainha do lar

Gosto destas palavras e me atrevo a escrever sobre elas. A sentença me leva a refletir e buscar num processo de pesquisa interna ou externa, as mais variadas interpretações, mas, neste momento, quero apenas tê-la no pensamento e traduzi-la na escrita, como uma homenagem a minha mãe, Leoni Fernandes de Almeida, forte e saudável nos seus 83 anos. Sofrida pela perda precoce da filha “Cidinha”. Sem discriminação as outras, apenas utilizando-a para simbolizar a soberana do lar, de todas que já existiram, existem ou existirão.
Afinal, para mim, a Rainha do Lar é a eterna protetora dos filhos. Sejam eles desgarrados ou grudados no rabo da saia, perdidos ou não, só sei que em alguns casos, homens barbados vivem a buscar em outras mulheres a querida proteção, principalmente, depois que o casamento o separa da mamãe. Tem momentos que o sentimento de abandono é tanto que muitos são obrigados a encontrar amparo na mãe dos próprios filhos. Sogras inteligentes sabem o que é isso, bota a experiência para funcionar e acolhe o genro desamparado. Vira super mãe, tudo para auxiliar a filha. Sogra que é sogra é assim... Quando o dela vai, trata logo de repor com o da outra. Por outro lado, acabam sufocando o genro que nunca esquece a comidinha da mamãe. É uma confusão danada que acaba não dando muito certo.
Sei que mães agem por amor e chegam ao extremo de abandonar as criações, fazem por não acreditarem na capacidade de amar ou suportar o encargo de criar. Parece ilógico defendê-las, mas, reflitam e encontrarão a resposta no desespero de cada caso. Graças ao bom Deus são poucas as que atuam desta forma. Mesmo assim, é extremamente perigoso condená-las. Pois, mãe é mãe, a ela deve-se gratidão e compreensão sem julgamentos. Seus erros têm que ser superados pelo reconhecimento do canal da existência. E, vou além, são libertadoras quando vencidos pelo perdão e pela compaixão.
De criadoras a povoadora do mundo é a natureza dotando a mulher o dom da procriação. Sem elas, não existiria transformação. São verdadeiras rainhas dos lares. Umas apanham outras, humilhadas, e tantas abandonadas, com um detalhe, geralmente em defesa dos filhos amados. Feridas contra os ciúmes de companheiros ingratos seguem adiante. Todas integradas no nome de Maria... A mãe das mães que suportou o maior calvário de uma cria.
Tudo começou antes dela. O início foi à monarca de Deus, exemplificado na Bíblia como Eva. A partir desta analogia religiosa, surgiram muitos príncipes e princesas que logo viraram Reis e Rainhas. E, mãe que é mãe sabe o que isso. Dentro de cada uma existe uma Eva iniciando o compromisso de povoar o mundo. Sabe que a qualquer momento os filhos vão aos braços de outras. E, estas, passarão a ser mães e sogras. O infinito é a eternidade para os frutos continuados que delas virão.
Se na história religiosa Caim matou Abel, Eva sofreu muito e sofreria muito mais se soubesse que seus filhos futuros matariam e destruiriam a paz no mundo. Creio que as mães dos tiranos da humanidade, certamente padeceram ou padecem, na inocência de terem a natureza do instinto maternal, livre para amar os justos ou injustos. O Cristo ou Anticristo. Por isso, longe de aceitar a criminalidade praticada por eles, mas, amor de mãe é incondicional e merece isenção de culpa.
Quis fazer esta homenagem depois do dia das Mães, pois, entendo, todos os dias é dia de curtir a imperatriz do Lar. Então... Aproveitei o decorrer do mês de maio, tido e havido como mês das noivas, para homenagear todas as Mães e, por consequência, as futuras mamães.

Rubens Fernandes
rubensfernandes@bol.com.br

terça-feira, 10 de maio de 2011

Jeito Animal

Jeito animal

Acredito não ter sentido os animais existirem se não for para deixar exemplos de comportamentos aos seus ascendentes evoluídos. Sem base científica, mas, algo na minha essência diz que somos aprendizes do mundo e, associados ao modelo referencial de poder conter em si, atitudes animalescas e purificá-las.
A razão desta conclusão é que, as condutas de determinadas pessoas são idênticas as dos bichos. Não só através da manifestação corporal, bem como, pelo modo de pensar e agir.
Entre tantos exemplos das mais variadas espécies, todos têm um jeito animal. Basta verificar os comportamentos irracionais que nutre as ações de determinadas cabeças tidas como racionais. E, em algum momento, fomos ou somos à cópia de um deles. As traições amorosas são as mais relativas com as bicharadas, desde um disfarçado olhar até as comprometedoras promiscuidades. Evidente! Não existe escala de valor aos concebidos de consciência.
Em certos casos, são preferíveis os animais, pois os atos são conhecidos, com uma diferença, agem por instinto, sem controle mental e livre do pecado na execução dos padrões comportamentais. Imagine dotar um gorila com a capacidade intelectual do homem. Seria difícil contê-lo e dominá-lo.
Aí é que mora o perigo! O ser humano herdou ou aprendeu a manifestar ações copiadas dos seres não possuidores de raciocínio. Portanto, na inversão, é um ser dotado de inteligência e perigoso quando desvia as ações para a irracionalidade.
Não separa o racional do irracional, são interligados e um manifesta na presença do outro. A natureza é sábia e perfeita. Por exemplo, na corrupção o comportamento é idêntico ao do rato. São ágeis, espertos e roubam, acreditando estarem se defendendo da miséria. Claro! Outros casos também se assemelham a forma do rato. É um bicho que vive as escondidas, operam na calada da noite e não devoram qualquer alimento até que o mais jovem e inexperiente o faça. Concluindo, são traiçoeiros, extremamente egoístas e isolam em grupos. Na verdade, atuam em surdina, não possuem compaixão e, sim, o interesse próprio.
Em comparação, a maioria dos humanos fala em ética, em amor, em amizade, em sociedade e acabam agindo por instinto. Mentem. Esconde o que faz e o seu jeito se identifica com o estilo de determinados padrões animalescos.
As gangues são como os lobos, atacam em turma. São diversos tipos de matilhas a destruir e vitimar irmãos por conceitos ideológicos e sem conteúdos humanitários. Pura contradição na razão de ser para evoluir em Deus e respeitar os direitos constitucionais.
Bem... Em continuidade, é só prestar atenção em mim, em você e nas pessoas que convivem à volta e, analisar os hábitos. Depois, comparar com um determinado bicho. Não tem segredo... É tiro e queda. Todos têm um jeito animal. Seja ele de um dócil esquilo ou de um perigoso pit bull. Questão de caráter, personalidade, educação, cultura e saúde mental.
É incrível! Porém... Verdadeiro. Temos condicionamentos intrínsecos e extrínsecos que nos transformam em determinados momentos e, são manifestações de pura irracionalidade quando o ego está no comando. Vingança, raiva, ciúmes e tantos outros sentimentos que a qualquer momento rompem o respeito humano e atuam no palco dos relacionamentos, interpretando uma raposa a devorar suas vítimas sem dó nem piedade. É gente sendo animal.
Tenho comigo um pensamento: o dia em que a humanidade entender a relação de inferioridade com sua maneira de ser, estará dando um passo enorme para atingir a libertação das ações desumanas. Os irracionais não possuem as mesmas condições de análise interior e poder de escolha, mas, se adaptam ao ambiente, o que leva a deduzir que possuem entendimentos quando treinados por processos de adestramentos. Infelizmente, alguns humanos, passam por transformações educacionais sucessivas e regridem em situações que desafiam as emoções.
Acontece que, o jeito animal de ser vive em segredo e são manipulados por inteligência interpretativa na execução dos atos. Os animais urinam a demarcar os territórios para a sobrevivência. Os homens exterminam vidas para ter o prazer de possuir o domínio territorial. É o jeito animal do ser inteligente.


Rubens Fernandes
rubensfernandes@bol.com.br

terça-feira, 3 de maio de 2011

Intimidade

Intimidade

Não sei por que, mas, em muitos casos, existe o receio de explorar a intimidade. Ir além da superfície agitada da mente e analisar as reais vontades a serem encontradas quando se aprofunda no silêncio, a decifrar um sentimento. São inúmeras as vezes que abortamos pensamentos que com certeza nos levariam a descobrir um pouco mais, os desejos enterrados no âmago do ser. Trazê-los a luz, trariam alívio e prazer de conviver melhor com o universo à volta.
Bem... Compreendo ser normal ter medo da profundidade. Quando vamos à praia, respeitamos o mar e, só mergulhamos numa distância onde somos capazes de dominar o fundo que nos dá pé. Tudo em nome da segurança, principalmente se não sabemos nadar. Claro que este sentimento tem um motivo intrínseco. O de não encontrar uma surpresa desagradável que possa trazer o perigo iminente, evitando, assim, um afogamento inesperado. Nada mais lógico, embora seja correto tomar alguns cuidados, também é preciso enfrentar desafios para solidificar a coragem. A firmeza de ânimo frente às ameaças esclarece a realidade e coloca ao alcance a possibilidade da conquista. Isso acontece, quando desvendamos e nos tornamos amigos íntimos de algo desconhecido. O conhecimento liberta o homem.
Sabemos que com aprendizagem e treinamento é possível manter relações com o que nunca se viu a fim de descobrir os limites que podemos suportar. Explorar o interior de um espaço vazio é superar e interagir com o mundo que ainda está por vir. Obstruir esta potencialidade é castrar a vida. Infelizmente, a maioria é educada e treinada a ter medo de tudo e de todos. E, muitos são medrosos, a lutar por vencer a dança do quem sou, onde estou e aonde vou. Longe da própria intimidade.
Tudo está na mente. Senhora de si, julga ser o centro das atenções. Sente-se poderosa por se achar à frente da lei e da ordem, inibindo a qualidade do que é verdadeiro. Filtra as informações que vem do interior e manifesta os interesses pessoais. Sempre temerosa em se afastar do poder, pratica ações enganosas para não perder a soberania. Age na camada superficial onde habita os egos. Como a bruxa dos contos de fadas, não permite o autoconhecimento para acordar o príncipe do sono profundo. Rompe a intimidade. Uma das soluções para tantos desafios é ir ao encontro do domínio mental e torná-lo cúmplice do coração.
Fracos são os homens que consente atos ilusórios. São pessoas que vivem a empurrar com a barriga e a pensar que estão no controle dos resultados. Distante da própria sinceridade vive a mentira. Dominado e dependente do conceito da individualidade.
Assim são as ações mentais que não tem parceria com a consciência. Que não deixa ser guiada pela realidade do âmago interior que quer a manifestação sábia do amor a compor o fluxo da vida.
Só tem uma saída... Ter respeito por você. Ser guerreiro e não burlar o autoconhecimento. Mergulhar além da superfície mental e retornar carregando um pouco da faculdade de não julgar os próprios atos. Ser o seu melhor amigo.

Rubens Fernandes
rubensfernandes@bol.com.br