terça-feira, 8 de maio de 2012

Terapia da vida


         A melhor terapia frente a todas, embora possua os mais diversos nomes e que no fundo são relativas para não dizer iguais, é a terapia da vida. Só muda de nome. O jeito de expressar e comunicar continua o mesmo. Basta colocar uma metodologia aqui e outra ali e elas vão se espalhando. As diferenças são as assinaturas dos autores. Por sorte, o que importa são os valores e a forma consciente de ministrar e dedicar para curar os males da alma. O triste desta história é a insegurança, esquecendo que somos desde o início da humanidade, autoditada em psicologia.

         As pessoas procuram entender apenas o seu problema e a partir deste julga os demais. Não sou um excelente pai, como acredito que não exista uma excelente mãe, porém, amamos nossos filhos e nos dispomos a vê-los melhores do que nós. Menos sofrimento, mais educados, livre das tensões, sendo amados e respeitados. Sinceros e honestos. Todavia, não depende de mim e nem de você e, sim, da vontade deles. Através do que eu fui e sou posso entendê-los e ensiná-los para os prazeres responsáveis, adaptados nos desejos que lhes pertencem, porém, nem sempre significa o que querem em razão da liberdade de escolha.

         Não existe, José Benedito, Francisco, Gustavo, Rubens, mas, Maria Olivia, Isabel, Leoni, Aparecida, que formam um contexto a se aprimorar como gente, a refinar a poderosa ilusão que retira a expressão do amor que existe entre pais, filhos e eternos namorados.

        Nossa raça intitulada de humana não consegue abrir o leque da compaixão para amar e ser amado. Somos egoístas nas dolorosas críticas, expressadas em atos patológicos ou guardadas em julgamentos a revelia do opositor, sempre na insistência de enxergar somente o que nos interessa.

         Somos ingratos e ladrões de dignidades. Praticamos o que condenamos. Não temos memórias e transferimos sofrimentos como bactérias ambulantes, espalhando mágoas e adoentando inocentes.

          Meu íntimo está ferido... Seu íntimo está ferido e preferimos deixar o tempo passar a aceitar os erros que cometemos. Somos covardes poetas a formular lindas frases sem saber perdoar.



Rubens Fernandes

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