terça-feira, 28 de junho de 2011

A tal de autoajuda

A Tal de autoajuda

A corrida pelos efeitos da autoajuda e a leitura de livros que possam chegar rapidamente à realização dos desejos, promete esperança e vende milhões de exemplares. Parece milagroso, mas, não é. Envolvente a primeira vista, rapidamente se dissolve quando observa que a experiência na vida real é diferente do que está escrito. A facilidade das letras está longe da realidade. Achar o livro maravilhoso é bem diferente do que usufruir das técnicas ou ensinamentos afirmados no texto.
Acreditar que as coisas acontecem no nível mental e sem autoconhecimento profundo é comum. No geral, buscam-se as aspirações sem disciplina e força de vontade estruturada na raiz da questão. Achar que ler e exercitar já são o bastante não traz resultado nenhum. A maioria pensa assim e, após alguns dias acaba desiludida.
O certo é que cada ação para atingir o objetivo, depende de um sentimento único, compromissado com a divindade estabelecida através dos dons. O encontro com o talento a ser desenvolvido é que proporciona uma autoajuda para atingir o campo das realizações. E, isto só se encontra dentro de cada ser.
A vida flui quando o agir é correto. Não existe milagre! Quando se está em desacordo com a programação divina nada dá certo. Pensar em ser rico e não pagar o que deve é um exemplo banal, mas, realístico. Serve para elucidar tantos outros motivos pelos quais não se consegue chegar a um final idealizador. O pensamento positivo ou até mesmo uma oração depende da comunhão entre corpo, mente e alma. Se a atitude mental não estiver em harmonia com os valores da consciência jamais terá sucesso na riqueza, seja ela material ou espiritual.
De nada adianta querer ser um cantor se finalidade é de ator. Pode-se até estudar e desenvolver o canto, porém, jamais alcançará o êxito esperado. O resultado depende da lapidação do que pertence por imposição natural. O que é do homem o bicho não come. Tão popular e tão verdadeiro. O importante é ter fé e nunca desistir daquilo que o âmago quer. Fazer como Jesus nos ensinou: “Seja feita a vontade do Pai que estais no Céu”.
Encontrar a finalidade de ser e de aqui estar, é desvendar a missão e dela usufruir, sem esquecer a responsabilidade de dividi-la com todos. Todo ato egoístico tende a durar pouco.
Antes de gastar para comprar um livro, CD, DVD ou assistir uma palestra de autoajuda, é imprescindível mergulhar no íntimo e banhar no batismo conciliador entre o sentimento e a mente. Só assim o universo conspirará a favor.
Outro fato interessante é a necessidade de redimir das culpas e dos pecados que não lhe pertence. É voltar a ter a inocência do nascer. Ser criança para de novo aprender. É reconstruir a vida sem influência das crenças adquiridas. Aí sim, auxiliado pelo conhecimento de um bom livro, seguir rumo à libertação em busca do desejo do coração e não ao ego. Entender que o ter nunca será sinônimo de felicidade.
Quantas aptidões profissionais vão aos ventos por falta de garimpagem! Bons médicos, educadores e tantos outros talentos desperdiçados por ausência de um trabalho interior melhor apurado. A vida é encontro com as ações comprometedoras entre a consciência e o instinto criador. Encontrá-las e trazê-las a tona depende tão somente da força de vontade de cada um. Autoajuda é uma energia incondicional e particular. Não aceita imposição e, sim, o conselho relativo de um bom livro ou de sábias palavras.

Rubens Fernandes

rubensfernandes@bol.com.br

terça-feira, 21 de junho de 2011

Sair do armário

Sair do armário


Pensar que a frase sair do armário significa a relação com as opções sexuais escondidas não é o correto e trata-se de preconceito injusto para aqueles que temem a condenação familiar e social. Ela é abrangente e traz diversos conflitos que podem prejudicar a trajetória de qualquer indivíduo fora do ícone da sexualidade. Todos têm algo escondido e bem guardado. Muitas vezes são tão simples de serem resolvidos e, ao mesmo tempo, complexos de serem solucionados que acabam diante de uma suposta e sufocante prisão interna.
Diferente daqueles que pensam preconceituosamente a expressão sair do armário serve para sair de qualquer questão psicológica que prendem milhões de pessoas, colocando-as em situações de desequilíbrio frente aos relacionamentos e no modo de se apresentar perante as fases da vida.
Você pode sair da camada mais introspectiva do sistema psicológico, como sair da droga, da obesidade, da sarjeta, das dívidas, sair das coisas que não gosta e de tantas outras que fica impossível de relacionar cada uma delas. Cada cabeça com a sua experiência quando está vivendo a escondida e, sofrem, por receio de colocá-la para fora.
Existem vários questionamentos interiores que muitos preferem omitir, são as relevantes formas de se esconder para fugir e se sentir supostamente seguro, usufruindo-se do sair do armário somente para os conflitos sexuais.
Quantos tímidos não conseguem encontrar uma forma de se libertar das crenças estabelecidas no subconsciente, o que dificulta a sua saída do estado emocional ao qual se encontra. Preso frente a uma situação que demanda ações sentimentais. Sem romper as barreiras para alcançar a liberdade sua capacidade mental padece e o corpo sofre.
Não importa qual seja o caso, para se sentir livre tem que botar para fora o que se esconde, caso contrário, não existe felicidade. De uma forma ou de outra é preciso não julgar e encarar o próprio segredo com bravura, a fim de alcançar a validação dos reais desejos. Tem que ser uma via de ida e volta descobrindo o que encobre personalidade, rompendo as grades do sofrimento.
Em muitos casos uma ajuda profissional é valiosa. Encontrar a forma de sair do armário é a maneira de romper as entranhas mentais e, entender que o medo, ao ser rompido, pode ser satisfatório em determinados momentos e contraditórios em outros. Porém, uma coisa é certa, aos poucos e depois das tentativas, a consciência vai adquirindo confiança e, entre erros e acertos, a vida de um tímido começa a ser liberada para realizar suas vontades enrustidas. Quando consegue são vitoriosas e a compensação é o encontro consigo mesmo.
Para que haja verdade não pode existir negociação. Algo tipo um religioso que usa das primícias da fé para encobrir seus sentimentos contraditórios.
Abrir a porta do armário e se mostrar também não são tudo, embora o alívio seja imediato, é preciso ir onde, como e porque o esconderijo começou. É ter a coragem para ir à profundeza do ser e eliminar a raiz da questão. Todo conteúdo tem que ser perfeito e de acordo com a originalidade de cada um. Só assim a liberdade de ser acontece.
Rubens Fernandes
rubensfernande@bol.com.br

terça-feira, 14 de junho de 2011

Vida respeitada

Vida respeitada
Parece simples quando se quer ter e experimentar. Complexa quando se quer desvendar. Vida com certeza traz consigo o segredo de algo extraordinariamente divino. Ela não pertence a quem tem e não pode ser escolhida por quem a adquiriu. Embora seja temporariamente do vivente, o máximo que se pode fazer é simplesmente vive-la. É parte envolvente de uma unidade e dependente de algo desconhecido, por isso, coloca medo, insegurança e conflitos, principalmente quando se entrega a fim de experimentá-la.
O interessante é a diversidade da natureza que permite a existência de milhares de formas vivas, das curiosas até as inteligentes. Caracterizadas pelas maneiras de expressar conforme determinação dos mistérios divinos estampados dentro de cada uma delas. Trocando em miúdo, a vida é a essência de cada ser, imposta pelas ações das Leis Naturais. Afinal, não há loucura nenhuma em dizer que temos irmãos bactérias, animais, aves e tantos outros seres visíveis e invisíveis. Todos com um objetivo a ser cumprido. Seja para o bem ou para o mal.
Algo interessante está presente na vida de qualquer criatura. São três aspectos que a constitui: interno, externo e uma energia interiorizada que desenvolve a aparência e a finalidade de estar presente nas ramificações diferenciadas do sistema universal. Com corpo ou sem corpo. Na água ou no ar. Com movimento ou sem movimento. São os seres vivos criados que faz parte do ecossistema global regidos por leis pertinentes a cada uma deles.
Diante de tantos aspectos e de tantas diversidades todos, sem exceção, têm como propósito a felicidade, a expansão e o crescimento, dentro do processo individual ao qual está contido e destinado a realizar em vida. A transformação e a preservação da espécie são inseparáveis em detrimento a evolução, a inteligência e a criatividade. A mutação, ao longo do tempo, é a função principal a ser desenvolvida gradual ou progressivamente, das classes que distinguem uns dos outros.
Coube aos humanos um sistema nervoso altamente evoluído, portanto, ilimitado para viver, modificar e comandar os fluxos criativos já existentes e os que ainda estão por vir. O que equivale dizer: do homem depende o equilíbrio de todas as coisas que possuem vida, como parceiro nato da Mãe Natureza.
Infelizmente, o ser mais dotado de inteligência, insiste em não entender o propósito de ser o mais poderoso entre todos os viventes. Ao invés de preservar os menos dotados para o bem estar comum, vive para disputar e depredar tudo que interfere no caminho do interesse próprio. Sem respeito aos outros tipos de vida, segue num processo individualista em busca do poder e da fama, priorizando os prazeres do ego. Age no conceito de que tudo pode, colocando em desequilíbrio o bem estar comum, particularizando seus desejos. Ter o domínio sobre tudo que no mundo existe é a finalidade, sem esquecer a responsabilidade da preservação global sem a proliferação daqueles que causam males. Da onde nasce a vida o homem é dependente e para lá certamente retornará. Então! Por que não respeitar, amar e valorizar os menos dotados de criatividade e inteligência?

Rubens Fernandes
rubensfernandes@bol.com.br

terça-feira, 7 de junho de 2011

Boa saúde

Boa saúde
A saúde pertence ao ser. Boa saúde é o estado de equilíbrio e evolução ao mesmo tempo. O fato de ser saudável estabelece uma perfeita harmonia permanente às várias fases da vida, transformando a jornada com absoluto domínio daquilo que se objetiva conquistar.
Quando existe a má saúde, a desarmonia passa a enfraquecer a potencialidade da mente, tirando-a do foco central, do equilíbrio necessário para alcançar o estado de felicidade. Paz de espírito.
Todo sofrimento seria aliviado se houvesse uma capacidade plena de entender os fatos. Para tanto, é preciso ter compreensão e compaixão para aceitar o nível de consciência a qual se encontra. Entender o desarranjo e a desarmonia que todos têm que enfrentar independente do querer ou não querer. Assimilar a vida a fim de gerar boa saúde.
O trabalho não depende só de uma boa alimentação. Existe um processo precioso a ser elaborado em conjunto para desenvolver o equilíbrio do corpo. Trata-se de eliminar as crenças do sistema mental para ter alegria de viver.
Acima dos valores físicos, está o poder do pensamento não vigiado, estabelecido naturalmente no processo psicológico que irá determinar as condições saudáveis de cada ser. Identificado com o meio ambiente e com as relações interpessoais.
Se quisermos desfrutar de uma boa saúde e harmonia na vida, é necessário entender os valores que forma a massa corporal. Ir além do acreditar apenas em uma das partes. Refletir e entender o corpo, a mente e a alma, como formação preciosa do estágio e circunstância em que se encontra ou se permanece.
O resultado final para se ver livre das doenças, depende do comportamento e, este, obviamente depende da escolha intelectual que analisa e julga pelo sentido, pelo ambiente e pelos conceitos. A alimentação é apenas uma forma cultural difícil de ser mudada. Somos dependentes de um raciocínio que pode ou não optar pelo estabelecimento da boa saúde, ingerindo e agindo corretamente. Ações variadas também ocorrem quando se tem a necessidade do corpo influenciar o processo mental. Em resumo, todas as formas afetam diretamente a espiritual.
Estar bem consigo mesmo é o que gera atitudes saudáveis. Infelizmente não existem políticas abrangentes que tratem do bem estar social do homem como um todo. Os atos são feitos separadamente e as pesquisas médicas impõe cada vez mais especialidades. Um grande erro... Não somos robôs e, sim, gente. Temos mente e, esta, tem que ser levada em conta.
A dor só é sentida porque temos energia identificando e, espírito para padecer. Trazer à realidade o detalhamento sem esquecer a relação entre o corpo, a mente e a alma, é caminho para ter boa saúde. Ir ao encontro das causas psicológicas, permitindo o conhecimento daquilo que se estabeleceu num determinado nível da consciência, é o mesmo que retirar o carnegão que gera focos de infecção.
Permita pensar e agir por você. Não separe nunca as suas peças vivas e atuantes. Acredite nas intuições. Pratique a lei divina do amar o próximo como a ti mesmo. Só assim terá vida saudável.

Rubens Fernandes
rubensfernandes@bol.com.br