terça-feira, 29 de novembro de 2011

A décima parte

A décima parte

São várias as formas de cobrança do dízimo. As mais comuns estão no setor da religiosidade, comumente usada para arrecadar a décima parte de um rendimento. Desta maneira, o seguidor faz a contribuição acreditando estar agradecendo espiritualmente os benefícios materiais conquistados. Por vezes, erradamente, muitos acabam tirando o que lhes faltam para manter o pacto divino, induzidos que são pela crença da salvação, prejudicando ainda mais a situação em que se encontram.
Refletindo sobre a questão chega-se à conclusão que só podemos doar aquilo que sobra, portanto, não se deve forçar uma ação sem ter o coração preenchido com os valores correspondentes. Toda falta gera sacrifício e, sacrificar, é praticar o abandono forçado de alguma coisa que não possuímos, virando vítima da dependência e da cultura infundada que precisamos comer o pão que o diabo amassou para conquistar o Reino do Céu.
Nas missões dos profetas em nenhum momento ocorre o ato da cobrança e, sim, o da rendição mental. Jesus, nunca pediu um quinhão, pelo contrário, solicitou o arrependimento do mundo em agradecimento ao ato da cura, consciente que a fonte interior é inesgotável e pode jorrar a partir do não pecar, ofertando em abundância, o amor. Assim, o que vale é colocar a disposição o excesso e nunca a escassez. Ninguém pode contribuir com o que não tem. Contrariamente, é dever de um iluminado derramar luz sobre os que estão na escuridão. Ir ao encontro e ensinar como se faz para clarear uma mente obscura. Descer um degrau e dar preferência a quem pede ajuda na subida. Estes são os verdadeiros pagamentos decimais, doar para auxiliar o próximo a aliviar o sofrimento.
É preciso estar atento para equilibrar o ato de pagar e receber. Em determinados momentos aquele que sempre doou pode estar necessitando de atenção. No calvário, Cristo precisou. É necessário não confundir a décima parte com repartir o pão. Acabar com a fome é obrigação humana. Dividir conhecimento é gratidão a Deus.
Muitos confundem e se julgam autossuficientes, todavia, são poucos os que realmente compreendem a importância da décima parte. Faça o bem sem olhar a quem. Agindo assim, nunca faltará prosperidade. A melhor oferta solene a divindade é o ensinamento feito com exemplos de conduta e, fazê-los, custa desapego, perdão e tempo. Devemos sempre renunciar a gula e nunca o sabor do alimento. A fartura e nunca o desejo de ter. O que falta tem que ser preenchido para depois ser distribuído.
Conhecendo o interior sem uso de falcatrua o doador torna-se honesto perante o espírito. A busca da felicidade demanda compreensão e limpeza da crosta mental que envolve a consciência. Encarar o desafio e abandonar aquilo que entristece a alma é a décima parte a ser manifestada para iluminá-la. O dízimo só é consolidado quando transmitimos com alegria e felicidade os melhores dons que possuímos.
Que tal ser voluntário daquilo que tão bem sabe fazer e, se estiver num bom momento, sair do anonimato e ajudar o crescimento humano?

Rubens Fernandes
rubensfernandes@bol.com.br

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Você e a crença

Você e a crença!

Vamos começar a entender o que significa crença. Primeiro, é preciso compreender o significado desta palavra que vive na consciência e no subconsciente dos seres humanos. Todos, sem exceção, são subordinados e se manifestam em razão dela. Por se tratar de um estado de acreditar ou de ter convicção, ficam na dependência de que certas coisas são verdadeiras ou reais.
Geralmente, as crenças se formam nas origens adotadas por indivíduos influentes. São os filósofos, os profetas, os políticos e tantas outras personalidades marcantes que dão início a indução de um processo a ser confiável e, depois, seguido por determinadas pessoas, povos e nações.
Na história da humanidade e suas civilizações encontramos diversos tipos de movimentos que expressam por força do poder ou manifestações espontâneas, as crenças que viraram crendice e até hoje envolvem milhares de indivíduos. Levando-os aos mais diversos tipos de erros e sofrimentos. Nestes casos, todo cuidado é pouco para não se tornar um participante radical.
Segundo, são os sistemas de crenças que exprimem os estágios psicológicos de cada um. Em razão de sermos iguais perante Deus, temos um modo parecido de ver o mundo, mas, nunca idênticos. Tal qual a impressão digital dos dedos, o universo que temos estruturados no consciente são únicos e pessoais, por isso, vemos o mesmo planeta de forma diferente, a mesma rosa de forma diferente e amamos quem por vezes é odiado.
Para assegurar uma sobrevivência digna temos que saber respeitar os melhores sentimentos que possuímos e nunca os aconselhados por influência das ações humanas. No mundo espiritual não existem conflitos por não existirem crenças. No mundo dos homens somos conduzidos por paradigmas. São as atenções dedicadas conforme as sugestões identificadas pela escolha da mente.
Ser livre para as decisões corretas é ter competência para construir e viver a própria crença. Não existe outra forma de crescimento se não a de aceitar a voz do coração. O controle aplicado por circunstâncias vinda das opiniões de outros, é o mesmo que abdicar daquilo que pode trazer felicidade.
Existem personalidades que buscam atrair para si as necessidades que lhes faltam por meio de atitudes prejudiciais e egoísticas. São as que não respeitam o espaço e a maneira de ser dos semelhantes.
Cada qual com os seus pensamentos e atos. Esta é a verdade de cada um. As dificuldades devem ser observadas, analisadas, processadas e respeitadas, porém, nunca julgadas e condenadas
O que criticamos é o que está constituído no nosso interior e quase sempre negamos por não aceitar o que somos. Tudo aquilo que nos incomoda não é do outro e, sim, a falta de coragem para manifestar as verdades que escondemos. No geral, os sofredores são os que não encaram as próprias crenças.
Ah! Melhor é abaixar o nariz, enxergar o umbigo e ser feliz!

Rubens Fernandes

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Clareza de expressão

Clareza de expressão

Todos gostam de indagações, assim, elaborando perguntas consigo mesmo, abrem um canal de experiência para entender a clareza de expressão e perceber as verdades ou mentiras nas diversas situações de comunicação dos relacionamentos humanos.
Para que cada indivíduo alcance a tão almejada paz de espírito, é preciso que seja claro ao manifestar os sentimentos e se exponha com naturalidade, colocando as palavras exatas no momento da explanação.
Quem já não se decepcionou ao se sentir enganado por palavras mentirosas? É tão complexo o assunto e tão comum que, sem exceção, passaram ou estão passando por problemas sérios, justamente pela falta de transparência.
Guardar segredo dos sentimentos é a mensagem a ser seguida geração após geração. Penso o contrário. Trata-se de mentiras e de barreiras. Muros construídos e edificados para esconder o que o ser humano tem de mais belo e transformador. A liberação sincera do que está sentindo.
A vida é crescimento, junto com ela a expansão da consciência e a destruição dos vários eu que carregamos. Esta é a determinação divina que recebemos quando somos concebidos. Declarar a verdade e ter clareza de expressão ao se expor frente a quem amamos e convivemos. Para o bem da humanidade é bom compreender, o homem deve expressar o que carrega dentro de si, por isso, a responsabilidade de deixar transparecer o sentimento que traz no coração.
Às vezes o medo de aceitar quem somos desvia o percurso da vida e prejudica a essência do amor. Muito se fala em perdão, mas a realidade é outra. Ao estarem utilizando das inverdades às pessoas se escondem por trás de paredes espessas, invioláveis, dificultando o ato de serem vistas como são.
No geral o ser humano tem dificuldade de divulgar a intimidade, assim, prefere a mentira interna, expondo externamente a aparência que o levará na direção da destruição dos laços afetivos. Enquanto não liberamos a verdade e por ela vivermos, seremos feridos pelo mesmo instrumento da ferida que causamos no outro.
Ter transparência não é enganar o próximo e, sim, não enganar a si mesmo. A própria Mãe Natureza não gosta dos seus rios contaminados, quando represados por excesso de poluição, rompe as barragens com a fúria de quem quer a limpeza das suas águas. Ser transparente é aceitar quem eu sou, o companheiro que eu sou, o irmão que eu sou, o filho que eu sou, o pai que eu sou e assim despoluir a alma. Ninguém gosta de se banhar em águas barrentas.
Os segredos íntimos que você guarda são relíquias desprezadas pelo tempo. Fique atenta a criança que não permite que você seja o adulto de amanhã!

Rubens Fernandes
www.rubensfernandes.blogspot.com

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Resistência

Resistência


Qual é formula correta para ser um vencedor? Para subir ao pódio é preciso viver sem resistência. Não se trata de aceitar o que a vida proporciona, mas, transcendê-la de forma a ser o companheiro inseparável. Isto é, encontrar via intuição o que é positivo nos estágios negativos. Felizes são os que percebem que nada adianta enfrentar o que está predestinado.
Os seres humanos vêm resistindo há muito tempo contra as suas reais vontades, por questão de culturas e dogmas que os atrapalham de serem a verdade que mora no interior da suas almas. Não se muda o que está estabelecido na missão que tem que ser realizada.
Quando você não resiste e humildemente aceita, vai além. Algo como perceber que está cansado e se entregar numa boa noite de sono. Assim, estará dividindo com o lado ruim de não dormir com o lado bom de descansar para recarregar as energias. A sabedoria para decidir é simples e só depende da própria compreensão.
Instintivamente sabemos disso, porém, a aplicação é retardada pelos interesses errados de não acompanhar as necessidades exigidas pela intuição ou pelo corpo, como sendo à hora de parar para depois continuar. Esta resistência de não acatar o pedido interior é altamente prejudicial e pode trazer transtornos irreparáveis num futuro próximo.
Então, o melhor resultado é transcender e ser um aliado para melhor entender de como age à força do ego, contrária aos nossos sentimentos íntimos. Saber amar a si mesmo para entender o amar o próximo é o caminho a ser percorrido. Nesta hora a consciência se abre para o desapego dos atos egoísticos e a mente controladora deixa arena da disputa para ser triunfante, a receber as bênçãos da vitória do bem contra o mal.
Não se entende porque o homem rejeita tanto os seus poderes de decisão. Geralmente é preciso olhar no outro os erros para se ter um exemplo de como se conduzir corretamente. Quando se aplica o comparativo do errado certamente é porque existe o lado certo e, nestes casos, o julgamento pode ser considerável benéfico para uma conclusão do que é bom ou ruim.
Saiba que você jamais será vitorioso a partir do enfrentamento que impuser frente a sua liberdade de viver. O ideal é ter desprendimento nesta hora de todo ressentimento, medo ou raiva que possam existir. E, aliados, seguirem em frente para num determinado momento transcender e revelar os desejos que precisam ser manifestados. Represá-los é o que comumente se faz por questão da ação do orgulho. Casos em que o sofrimento é crônico e perturbador. As consequências são os mais diversos tipos de conflitos psicológicos e sociais a conviver.
Você sentirá seguro quando não partir para luta e, sim, tornar-se um parceiro do seu lado errado ou, como queira ruim. Não existe um ser humano que não tenha insegurança ou outros sentimentos degenerativos. Seu ato intuitivo tem que ser respeitado para reduzir o que parece ser desconhecido. Nada existe que não possa ser desvendado.
Há uma fonte dentro de nós que jorra o que mais precisamos para ter a força necessária e ser o vitorioso que sempre existiu e teimamos em não reconhecê-lo.
Seja você sem receio de existir. Resistindo ou não, somos mortais passageiros nesta curta ou longa viagem da vida.

Rubens Fernandes