sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Por detrás da mágoas

Por detrás da mágoa

Feliz daquele que entende seus sentimentos! Não é fácil distinguir o que é lixo e o que é nobreza, por isso, é preciso desenvolver o conhecimento, instalar a sabedoria para compreender que jamais se consegue conviver internamente e externamente com as mágoas. A amargura é traiçoeira e a qualquer momento vem à tona de forma sistemática, magoando e perdoando. No geral, ela some e aparece. Por ser cíclica faz dos relacionamentos um período de céu e outro de inferno. A melhor opção é sair das proximidades. Nunca conteste. Fora é mais fácil de observá-las, pois quem as tem, por vezes, não as separa por individualidade e as carregas coletivamente, sendo clara a identificação, na família, no trabalho e na sociedade.
Muitos não percebem o mal que cometem consigo mesmo tendo mágoas. Acreditam que as guardando no coração é uma maneira de mostrar indiferença pelo alvo objetivo. Grande engano! Inocentemente toma conta do espírito de aproximação, inibindo a relação entre pessoas. Avassaladora, envolve pais, filhos, irmãos e amigos.
A mágoa só se instala quando o campo está fertilizado de amor. Sem vigilância torna-se a erva daninha a romper os puros afetos de ternura e carinho. Combatê-las no começo torna-se impossível. A criança ao deixar a infância perde a relação da inocência, o alvo das atenções deixa de existir e o choque é traumatizante. Na fase adolescente começa a ser referenciada com ações de cobrança, a insegurança surge para ter uma mocidade revoltada, transformando num adulto cheio de mágoas. O início sempre acontece no seio familiar para ser esparramada nas demais convivências.
Todo o processo ocorre no nível da emoção. O amor pelos familiares e entes queridos continua lá, mas, o acesso está bloqueado por fortes sentimentos de tristeza, raiva, orgulho e tantos outros, solidificando e impedindo a entrada da compaixão. Dissolvê-las o mais rápido possível é a única saída, caso contrário, corre-se o perigo de ficar permanente, destruindo o corpo e alma por meio das doenças, até a morte. Em verdade, é o mesmo que se ver livre para viver, sem deixar de ser prisioneiro da própria insatisfação. A depressão, a ansiedade, a irritabilidade e as infinidades de conflitos psicológicos estão diretamente ligadas às mágoas. Ir fundo com coragem e determinação para vencê-las, é o caminho da purificação e do renascer para a vida.
A transformação está mais próxima do que se possa imaginar. Por detrás das mágoas está o amor. No interior do ser existe a bem aventurança, ao vir à tona, depara com as dificuldades impostas por uma mente impregnada de ego que impede ao homem alcançar a felicidade. Se não bastasse o sofrimento, a culpa por não transcendê-la e a tentativa de escondê-la, na falsidade de não admiti-la, faz os transtornos virarem patologia emocional crônica.
As alegrias aparentes nem sempre representam a verdade das camadas mais profundas. Fazer um exame de consciência, encarar a realidade de quem somos, quem fomos e ter a humildade do perdão, é a ressurreição prometida por aquele que tanto amou e, continua sendo crucificado por nós.
Ufa! Sai Satanás! Por detrás das nuvens está o sol. Feliz 2012, sem mágoas!

Rubens Fernandes
www.rubensfernandes.blogspot.com

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Estar Juntos

Estar juntos

Esta curta frase torna-se imensa quando se recebe uma ajuda. Toda união fortalece o objetivo a ser alcançado. Por isso, qualquer contato entre pessoas trás consigo o sentido da vida, quando pelas vias do amor, se entregam em função de uma aliança. Trata-se de um pensamento correto, porém, na prática não corresponde, o homem em detrimento do orgulho, desvirtua esta verdade e fica na individualidade entre a mágoa e o perdão, envolvido em pensamentos indecisos para se unificar.
Dentro de uma convivência a adesão não deve ser praticada com o coração de desgostos, e, sim, de bondade, caso contrário, este mesmo coração estará trazendo para si a dor e o sofrimento.
Muitos confundem na interpretação. Alguns vão buscar na autoajuda. Outros, nos auxílios profissionais. Não importa o caminho, toda atenção deve ser dispensada para não chegar ao extremo de enraizar a indiferença, tornando-se prepotente perante os parceiros. A endeusada autoestima não pode superar valores, a ponto de concluir ser benéfica à interiorização como opção de autossuficiência. Esta coisa de que eu gosto e acabou... Eu sou deste jeito e ponto final... Não traduz o ensinamento de amar o próximo como a si mesmo.
Todo cuidado é pouco em se tratando de mágoa, ela pode esconder um grande amor. É preciso estar atento para não chorar depois. Eis uma boa orientação para fortalecer a remissão da culpa. Feliz daquele que consegue perdoar do que ser perdoado, dizia São Francisco de Assis. Quem espera o perdão geralmente se julga merecedor e pode mascarar as virtudes da alma.
Todo ato de negar tem que ser correspondido com benevolência, humildade para pedir desculpas caso não esteja à altura e sabedoria para reconhecer a ferida que a falta de ajuda pode causar. Formular ações pelo uso da sinceridade é principio de respeito humano, porém, ser voluntário as causas alheias, é um princípio divino. Então, seja delicado ao dizer não!
Nunca devemos forçar a união, tão pouco desunir ao expressar uma opinião, principalmente quando se tem o conhecimento de que um dia podemos estar em situação idêntica. Ainda bem que existe na natureza humana exemplo de desapego, onde o ato de amar supera as vontades próprias e jamais silenciou a gratidão pela oportunidade de estar juntos no mesmo desafio.
Por traz dos sentimentos de amarguras está o amor. Sempre que procuramos atender a necessidade do “Eu” ele se afasta. Sem a capacidade de amar, o perdoar passa a não existir e os conflitos são instalados, trazendo consigo os motivos para romper os laços de afinidades. Como o amor tem necessidade de servir, ele deixa de existir quando acreditamos ser independente e negamos o incentivo que falta. A oferta de aliança é um valor a ser conquistado para obter crescimento espiritual.
Estar juntos é a liga que fortalece a individualidade em razão da solidariedade.


Rubens Fernandes

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Atitude selvagem

Atitude selvagem
O mundo animal me seduz. Às vezes não entendo esta cumplicidade. Só compreendo que me dá prazer em observar os bichos, embora, à distância, por achá-los diferentes. Na verdade, nunca gostei de tê-los na intimidade, só quando era criança, até presenciar o meu cão de estimação ser castrado. Não sabia o que estava acontecendo, mas, os latidos me diziam que estava sofrendo. Desde então preferi não ter um bicho como companheiro e, com o tempo, fui observando que os humanos têm dificuldades de respeitar as divergências do relacionamento, bem como, separar a natureza essencial de cada ser. O fato é que nunca esqueci a complexidade da ação e a carrego no subconsciente, por isso prefiro não ter para não praticar a mesma irracionalidade. Talvez, por receio de generalizar o que condeno.
Hoje, adulto, entendo a atitude de inutilizar os órgãos reprodutores a época, mascarada no radicalismo que sexo não é um procedimento natural e, sim, um ato pecaminoso. Penalizado, o pobre do meu cachorro pagou o preço de não poder exercer a continuidade da sua descendência. Coisas da crendice humana que coloca a castração sexual ou psicológica como referência de aprendizagem corretiva.
Não existe o acaso quando se trata de estar no Planeta Terra. Somos partes integrantes do Universo e regido por Leis Naturais. Ao entender que somos dependentes uns dos outros, torna-se fácil o convívio entre racionais e irracionais, num protocolo de respeito mútuo. Fomos concebidos para a unificação. Cada espécie no seu habitat em prol do desenvolvimento de todos.
O lamentável da experiência é saber que a realidade não é bem assim... A compreensão e a incompreensão nascem no coração e depende da sentença que cada cabeça julga a correta. Os animais vivem por instinto, porém, não diferem de alguns humanos que agem subordinados por uma mente selvagem, constituída por crenças e preconceitos. E, quem vive dos preconceitos se afasta do amor. Sem amor, o ato animalesco também é presente nos seres dotados de raciocínio. A conclusão é triste quando se depara com animais sendo utilizados pelos homens e, sem contrapartida, homens maltratando os animais.
Esta fúria selvagem enraizada na cultura também me preocupa. Afinal, sou andarilho nesta estrada da sobrevivência. Sei que é preciso respeitar as diferenças e entender que não devemos causar sofrimentos aos que tem vida. Temos os mesmos direitos perante o Criador, todavia, os racionais têm a obrigação de conduzir com compaixão os irracionais, independente de ser gente ou bicho.
Acredito que a fera escondida dentro dos humanos tem que ser rendida. A atitude animalesca tem que ser amansada. A convivência com aos animais tem que ser um ensinamento aos que se julgam fortes, a fim de não exercerem a prepotência sobre os fracos. Por sorte, a humildade dos indefesos aos poucos destrói a atitude selvagem dos homens.
Agora... O que não pode é castrar e tratar bicho como gente e, tão pouco, gente como bicho. Antes de adotar um animalzinho de estimação ou optar por um relacionamento... Pense nisto!

Rubens Fernandes
www.rubensfernandes.blogspot.com

terça-feira, 29 de novembro de 2011

A décima parte

A décima parte

São várias as formas de cobrança do dízimo. As mais comuns estão no setor da religiosidade, comumente usada para arrecadar a décima parte de um rendimento. Desta maneira, o seguidor faz a contribuição acreditando estar agradecendo espiritualmente os benefícios materiais conquistados. Por vezes, erradamente, muitos acabam tirando o que lhes faltam para manter o pacto divino, induzidos que são pela crença da salvação, prejudicando ainda mais a situação em que se encontram.
Refletindo sobre a questão chega-se à conclusão que só podemos doar aquilo que sobra, portanto, não se deve forçar uma ação sem ter o coração preenchido com os valores correspondentes. Toda falta gera sacrifício e, sacrificar, é praticar o abandono forçado de alguma coisa que não possuímos, virando vítima da dependência e da cultura infundada que precisamos comer o pão que o diabo amassou para conquistar o Reino do Céu.
Nas missões dos profetas em nenhum momento ocorre o ato da cobrança e, sim, o da rendição mental. Jesus, nunca pediu um quinhão, pelo contrário, solicitou o arrependimento do mundo em agradecimento ao ato da cura, consciente que a fonte interior é inesgotável e pode jorrar a partir do não pecar, ofertando em abundância, o amor. Assim, o que vale é colocar a disposição o excesso e nunca a escassez. Ninguém pode contribuir com o que não tem. Contrariamente, é dever de um iluminado derramar luz sobre os que estão na escuridão. Ir ao encontro e ensinar como se faz para clarear uma mente obscura. Descer um degrau e dar preferência a quem pede ajuda na subida. Estes são os verdadeiros pagamentos decimais, doar para auxiliar o próximo a aliviar o sofrimento.
É preciso estar atento para equilibrar o ato de pagar e receber. Em determinados momentos aquele que sempre doou pode estar necessitando de atenção. No calvário, Cristo precisou. É necessário não confundir a décima parte com repartir o pão. Acabar com a fome é obrigação humana. Dividir conhecimento é gratidão a Deus.
Muitos confundem e se julgam autossuficientes, todavia, são poucos os que realmente compreendem a importância da décima parte. Faça o bem sem olhar a quem. Agindo assim, nunca faltará prosperidade. A melhor oferta solene a divindade é o ensinamento feito com exemplos de conduta e, fazê-los, custa desapego, perdão e tempo. Devemos sempre renunciar a gula e nunca o sabor do alimento. A fartura e nunca o desejo de ter. O que falta tem que ser preenchido para depois ser distribuído.
Conhecendo o interior sem uso de falcatrua o doador torna-se honesto perante o espírito. A busca da felicidade demanda compreensão e limpeza da crosta mental que envolve a consciência. Encarar o desafio e abandonar aquilo que entristece a alma é a décima parte a ser manifestada para iluminá-la. O dízimo só é consolidado quando transmitimos com alegria e felicidade os melhores dons que possuímos.
Que tal ser voluntário daquilo que tão bem sabe fazer e, se estiver num bom momento, sair do anonimato e ajudar o crescimento humano?

Rubens Fernandes
rubensfernandes@bol.com.br

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Você e a crença

Você e a crença!

Vamos começar a entender o que significa crença. Primeiro, é preciso compreender o significado desta palavra que vive na consciência e no subconsciente dos seres humanos. Todos, sem exceção, são subordinados e se manifestam em razão dela. Por se tratar de um estado de acreditar ou de ter convicção, ficam na dependência de que certas coisas são verdadeiras ou reais.
Geralmente, as crenças se formam nas origens adotadas por indivíduos influentes. São os filósofos, os profetas, os políticos e tantas outras personalidades marcantes que dão início a indução de um processo a ser confiável e, depois, seguido por determinadas pessoas, povos e nações.
Na história da humanidade e suas civilizações encontramos diversos tipos de movimentos que expressam por força do poder ou manifestações espontâneas, as crenças que viraram crendice e até hoje envolvem milhares de indivíduos. Levando-os aos mais diversos tipos de erros e sofrimentos. Nestes casos, todo cuidado é pouco para não se tornar um participante radical.
Segundo, são os sistemas de crenças que exprimem os estágios psicológicos de cada um. Em razão de sermos iguais perante Deus, temos um modo parecido de ver o mundo, mas, nunca idênticos. Tal qual a impressão digital dos dedos, o universo que temos estruturados no consciente são únicos e pessoais, por isso, vemos o mesmo planeta de forma diferente, a mesma rosa de forma diferente e amamos quem por vezes é odiado.
Para assegurar uma sobrevivência digna temos que saber respeitar os melhores sentimentos que possuímos e nunca os aconselhados por influência das ações humanas. No mundo espiritual não existem conflitos por não existirem crenças. No mundo dos homens somos conduzidos por paradigmas. São as atenções dedicadas conforme as sugestões identificadas pela escolha da mente.
Ser livre para as decisões corretas é ter competência para construir e viver a própria crença. Não existe outra forma de crescimento se não a de aceitar a voz do coração. O controle aplicado por circunstâncias vinda das opiniões de outros, é o mesmo que abdicar daquilo que pode trazer felicidade.
Existem personalidades que buscam atrair para si as necessidades que lhes faltam por meio de atitudes prejudiciais e egoísticas. São as que não respeitam o espaço e a maneira de ser dos semelhantes.
Cada qual com os seus pensamentos e atos. Esta é a verdade de cada um. As dificuldades devem ser observadas, analisadas, processadas e respeitadas, porém, nunca julgadas e condenadas
O que criticamos é o que está constituído no nosso interior e quase sempre negamos por não aceitar o que somos. Tudo aquilo que nos incomoda não é do outro e, sim, a falta de coragem para manifestar as verdades que escondemos. No geral, os sofredores são os que não encaram as próprias crenças.
Ah! Melhor é abaixar o nariz, enxergar o umbigo e ser feliz!

Rubens Fernandes

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Clareza de expressão

Clareza de expressão

Todos gostam de indagações, assim, elaborando perguntas consigo mesmo, abrem um canal de experiência para entender a clareza de expressão e perceber as verdades ou mentiras nas diversas situações de comunicação dos relacionamentos humanos.
Para que cada indivíduo alcance a tão almejada paz de espírito, é preciso que seja claro ao manifestar os sentimentos e se exponha com naturalidade, colocando as palavras exatas no momento da explanação.
Quem já não se decepcionou ao se sentir enganado por palavras mentirosas? É tão complexo o assunto e tão comum que, sem exceção, passaram ou estão passando por problemas sérios, justamente pela falta de transparência.
Guardar segredo dos sentimentos é a mensagem a ser seguida geração após geração. Penso o contrário. Trata-se de mentiras e de barreiras. Muros construídos e edificados para esconder o que o ser humano tem de mais belo e transformador. A liberação sincera do que está sentindo.
A vida é crescimento, junto com ela a expansão da consciência e a destruição dos vários eu que carregamos. Esta é a determinação divina que recebemos quando somos concebidos. Declarar a verdade e ter clareza de expressão ao se expor frente a quem amamos e convivemos. Para o bem da humanidade é bom compreender, o homem deve expressar o que carrega dentro de si, por isso, a responsabilidade de deixar transparecer o sentimento que traz no coração.
Às vezes o medo de aceitar quem somos desvia o percurso da vida e prejudica a essência do amor. Muito se fala em perdão, mas a realidade é outra. Ao estarem utilizando das inverdades às pessoas se escondem por trás de paredes espessas, invioláveis, dificultando o ato de serem vistas como são.
No geral o ser humano tem dificuldade de divulgar a intimidade, assim, prefere a mentira interna, expondo externamente a aparência que o levará na direção da destruição dos laços afetivos. Enquanto não liberamos a verdade e por ela vivermos, seremos feridos pelo mesmo instrumento da ferida que causamos no outro.
Ter transparência não é enganar o próximo e, sim, não enganar a si mesmo. A própria Mãe Natureza não gosta dos seus rios contaminados, quando represados por excesso de poluição, rompe as barragens com a fúria de quem quer a limpeza das suas águas. Ser transparente é aceitar quem eu sou, o companheiro que eu sou, o irmão que eu sou, o filho que eu sou, o pai que eu sou e assim despoluir a alma. Ninguém gosta de se banhar em águas barrentas.
Os segredos íntimos que você guarda são relíquias desprezadas pelo tempo. Fique atenta a criança que não permite que você seja o adulto de amanhã!

Rubens Fernandes
www.rubensfernandes.blogspot.com

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Resistência

Resistência


Qual é formula correta para ser um vencedor? Para subir ao pódio é preciso viver sem resistência. Não se trata de aceitar o que a vida proporciona, mas, transcendê-la de forma a ser o companheiro inseparável. Isto é, encontrar via intuição o que é positivo nos estágios negativos. Felizes são os que percebem que nada adianta enfrentar o que está predestinado.
Os seres humanos vêm resistindo há muito tempo contra as suas reais vontades, por questão de culturas e dogmas que os atrapalham de serem a verdade que mora no interior da suas almas. Não se muda o que está estabelecido na missão que tem que ser realizada.
Quando você não resiste e humildemente aceita, vai além. Algo como perceber que está cansado e se entregar numa boa noite de sono. Assim, estará dividindo com o lado ruim de não dormir com o lado bom de descansar para recarregar as energias. A sabedoria para decidir é simples e só depende da própria compreensão.
Instintivamente sabemos disso, porém, a aplicação é retardada pelos interesses errados de não acompanhar as necessidades exigidas pela intuição ou pelo corpo, como sendo à hora de parar para depois continuar. Esta resistência de não acatar o pedido interior é altamente prejudicial e pode trazer transtornos irreparáveis num futuro próximo.
Então, o melhor resultado é transcender e ser um aliado para melhor entender de como age à força do ego, contrária aos nossos sentimentos íntimos. Saber amar a si mesmo para entender o amar o próximo é o caminho a ser percorrido. Nesta hora a consciência se abre para o desapego dos atos egoísticos e a mente controladora deixa arena da disputa para ser triunfante, a receber as bênçãos da vitória do bem contra o mal.
Não se entende porque o homem rejeita tanto os seus poderes de decisão. Geralmente é preciso olhar no outro os erros para se ter um exemplo de como se conduzir corretamente. Quando se aplica o comparativo do errado certamente é porque existe o lado certo e, nestes casos, o julgamento pode ser considerável benéfico para uma conclusão do que é bom ou ruim.
Saiba que você jamais será vitorioso a partir do enfrentamento que impuser frente a sua liberdade de viver. O ideal é ter desprendimento nesta hora de todo ressentimento, medo ou raiva que possam existir. E, aliados, seguirem em frente para num determinado momento transcender e revelar os desejos que precisam ser manifestados. Represá-los é o que comumente se faz por questão da ação do orgulho. Casos em que o sofrimento é crônico e perturbador. As consequências são os mais diversos tipos de conflitos psicológicos e sociais a conviver.
Você sentirá seguro quando não partir para luta e, sim, tornar-se um parceiro do seu lado errado ou, como queira ruim. Não existe um ser humano que não tenha insegurança ou outros sentimentos degenerativos. Seu ato intuitivo tem que ser respeitado para reduzir o que parece ser desconhecido. Nada existe que não possa ser desvendado.
Há uma fonte dentro de nós que jorra o que mais precisamos para ter a força necessária e ser o vitorioso que sempre existiu e teimamos em não reconhecê-lo.
Seja você sem receio de existir. Resistindo ou não, somos mortais passageiros nesta curta ou longa viagem da vida.

Rubens Fernandes

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Atos traiçoeiros

Atos traiçoeiros

Quem pensa que a infidelidade é somente pelas vias sexuais está enganado. Sempre as enganações acontecem pelas indelicadezas cometidas por pessoas pelas quais temos afeição. O fato de tê-las como entes queridos pode levar a ilusão das mesmas não serem passíveis de erros. E, qualquer comportamento que fuja da compreensão pode ser decisivo para deflagrar o rompimento da relação. Ser enganado após a quebra da fé prometida e empenhada é mais comum do que se possa imaginar e causam sofrimentos nas supostas vítimas que as interpretam como atos traiçoeiros.
A deslealdade conjugal talvez seja a mais conflitante, vem à tona após o acúmulo de fatos corriqueiros de acusações e negações, contudo, angustiante para o casal que sofre estes tipos de desavenças constantes. É preciso não confundir mentiras com traições, porém, muitos veem às coisas misturadas de onde formam os conflitos emocionais.
A mentira é aceita e, por vezes perdoada, mas, as ações feitas pelas costas marcam e não são esquecidas. O perdão pode até existir, porém, esquecer... Jamais!
Toda promessa profetizada é como fonte de amizade em momentos de alegria ou desespero. O ser humano precisa das constatações de lealdade. Por esta razão, quando o compromisso é violado a dor invade o sistema mental e as reações passam a ser descontroladas. O sofrimento é tanto que a sensação prazerosa é tirar da cabeça e do alcance dos olhos, o causador. Nestes casos, todo cuidado é pouco para quem estiver envolvido no processo.
Ninguém trai porque quer e, sim, para compensar à falta de segurança para amar, perdoar e reconquistar ou da própria infidelidade imposta pelos caprichos da mente. Até que se prove o contrário à manifestação da verdade é quem promove a libertação. Não criar resistência aos pensamentos traiçoeiros e enviá-los a purificação da consciência pode trazer alívio e a cura deste hábito doentio de se comportar. Ambos, traído e traidor são desnecessariamente prejudicados pelo falsear quando deixam de se aproximarem por meio do diálogo franco do que gostam ou do que não gostam. Uma boa conversa esclarecedora ainda é o melhor remédio para a reaproximação leal e sincera. Ser verdadeiro com outrem é respeitar os valores humanos.
Alguns indivíduos sentem prazer em se esquivar dos fatos e assumem a aparência de inocente. Fujam deles, senão, a próxima vítima pode ser você. Vivem criando emboscadas e justificando. Dramatizando e proferindo estar com a consciência em paz, mas, a postura não é coerente e agem de forma a demonstrar o quanto são capazes de fazer para satisfazer a necessidade de camuflar seus atos traiçoeiros.
Para que não haja nenhuma surpresa acredite na intuição e, com determinação, busque uma saída para todo tipo de relacionamento em que o prometido não é cumprido.
Se no inferno está cheio de bonzinhos... No Céu tem um monte de Judas! É o velho ditado... “Se ficar o bicho pega se correr o bicho come”.

Rubens Fernandes

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Sentimento superior

Sentimento superior

O sentimento superior é quem comanda a vida, liberando o homem para a prosperidade. Quando se tem sensibilidade em crescimento o sofrimento é maior. Em compensação, a compreensão pelas indiferenças vem mais rápida. Quando estabelecido aprende-se a ter compaixão por aqueles que ainda estão na escalada do amor e sujeito a cometer erros pela determinação ilusória da mente. Os que possuem iluminação interior são amparados pelo espírito da piedade, seguem firme a jornada da existência e atingem a plenitude de estarem preenchidas pela afeição do respeito humano. São as pessoas abençoadas que sabem o que quer e do que são capazes de servir e não de pedir.
Para alcançar este estágio, existe um caminho a ser percorrido e este é o de amar para se entregar. É o sentimento interior desenvolvido quem coloca a serviço do homem a conquista do mundo exterior. Para tanto, é preciso estar desconectado com a inferioridade dos interesses egoísticos. Por isso, a importância de trabalhar o refinamento dos desejos íntimos, lapidando-os para que sua realização não utilize da inocência de outros ou interfira no crescimento natural das coisas.
Alguns indivíduos se sentem situados por cima e são exemplos típicos das desigualdades que estabelece entre irmãos. Usam da autoridade sobre outrem pela necessidade de ocupar uma posição mais elevada, estabelecendo uma distinção prepotente em relação ao inferior. São os pobres de espíritos na busca de uma graduação elevada tanto na Terra como no Céu.
Formado pelas crenças e pelos domos educacionais o ser humano encontra dificuldades imensas para distinguir o efeito de sentir. Toda sua sensibilidade está na formação das impressões recebidas e não compreendidas, fato que o leva a distanciar da sua consciência íntima.
Para alcançar a paz interior é preciso perceber o que se passa em si e experimentar a sensação de manifestá-la para conhecer os indícios da tranquilidade que as ações corretas proporcionam. A faculdade da mudança está na sensibilidade de pressentir por meio da intuição o que é certo do que é errado. Não criar resistência daquilo que brota do coração é a liberdade não vigiada do sentimento superior. Ter a alma sensível é um direito adquirido. Saber expor sem ressentimento é a humildade do espírito.
Aqueles que estão convencidos por considerar que o seu amor e razão estão à frente de qualquer questionamento, são os insensíveis para aliviar o sofrimento alheio. Afastados dos ensinamentos divinos do amar que ser amado seguem ferindo e espalhando a própria infelicidade.
A magia da transformação é ter iluminação interior para enxergar com clareza a semente de mostarda a ser plantada na terra dos homens. Abra a mente para receber com amor e dedicação o Sentimento Superior.
Ah! Titica de galinha é esterco e não adorno para a cabeça.

Rubens Fernandes

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Amor e razão

Amor e razão

Os polos são diferentes, um é lógico e o outro ilógico. Caminhando em lados opostos, contudo, na mesma direção, ligando-se lá na frente para formar a compaixão. Assim, é o amor e a razão.
Separados, seguem transformando, machucando e conduzindo ao erro as ações e manifestações. O pensar e o agir apartados induzem sentimentos de mágoas e pensamentos de revoltas. Porém, unidos formam o equilíbrio... A paz e a compreensão dos atos.
O amor induz a aproximar. A proteger e conservar. Com naturalidade atrai e distribui afeição, afinidade e um irresistível desejo de estar juntos a proporcionar carinho. Ao extremo é chamado de paixão a exercer uma forte atração.
A razão é o conjunto das faculdades intelectuais capaz de entender e compreender através da inteligência. Algo como uma fonte que jorra raciocínio a decidir para formar juízo em comum acordo com aquilo que está pensando. A legitimidade de estar cumprindo a justiça interior, caracterizada pelos domos e ensinamentos adquiridos.
Entre os créditos e os débitos do amor e da razão, o ideal é a união do impulso dado pelo coração, assimilado pela mente sem imposição da troca ou desforra. Sentimentos e raciocínios íntimos para a criação da harmonia interior e exterior, frente aos relacionamentos. Amar é cuidar. Doar e unir num só corpo o prazer de contribuir para que a legitimidade das partes aconteça espontaneamente com o interesse de ser agradável ou a quem se quer agradar.
A ligação amorosa é formada por diversos canais, por isso, a importância de dispor por meio da lógica o sentimento a ser exposto. São várias as propostas sentimentais e são vários os entusiasmos do sistema mental. Feliz aquele que consegue se educar para impor e respeitar na equivalência o que é do bem e permitido pela escolha correta da afetividade. Sinceridade para não machucar a si e o outro. Relação de discernimento a proporcionar amizade acima de qualquer suspeita.
Quando desunidos, amor e razão constroem um comportamento a ferir. Mesmo diante de argumentos não se encontra fundamento em ambas as partes. Pessoas mais sensíveis são lançadas a ficarem sentidas e impunes a uma recuperação rápida da tristeza e do desinteresse pelos prazeres da vida. A depressão e outros males psicológicos geralmente são oriundos do amor excessivo ou da racionalidade acima dos padrões normais. Bom é ter a equivalência. Amor, mais razão, manifestado pelo poder do equilíbrio.
Legal é fazer amor... Não morrer de amor... Tudo pela arte de ter amor.



Rubens Fernandes

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Egocentrismo

Egocentrismo

Primeiro vamos conhecer o que significa a palavra egocentrismo. Embora todos sem distinção saibam o que quer dizer, é bom para que não haja erro de interpretação. Melhor é explicar com detalhes e consolidar na igualdade para que não paire dúvidas. Existem pessoas egocêntricas que fazem conscientes e as inconscientes que costuma negar de pés juntos. Isto porque a maioria costuma se abdicar da responsabilidade de praticar este tipo de comportamento. E vão mais além do que ficar na defensiva. Usam da desculpa de ser sincera consigo mesmo sempre que deparam com a necessidade de estar apoiando o outro.
Vamos entender... Egocêntrica é a pessoa que mostra preocupação apenas com os seus assuntos ou apenas em função de si mesma. Usam dos atributos para envolver e transformar a favor aquilo que é dos seus sonhos ou interesse próprio. São desprovidas de ações de apoio quando percebem que não podem levar vantagens. São incapazes de dividir para somar.
Diante desta verdade é fácil perceber que é difícil conviver com o egoísmo escondido a sete chaves. Os mais sinceros fazem conscientemente e não negam que os tem, tornando mais equilibrada a convivência. O contrário é misterioso e cheio de justificativas.
No geral, os relacionamentos sofrem com atos e atitudes de egoísmo, principalmente quando a verdade falta em razão da teimosia. Os sentimentos de mágoas são criados e a vítima se torna refém do egoísta.
Na maioria dos casos os supostos inconscientes são os mais medrosos. Supostos porque não admitem. Os medos os consomem a todo instante a ponto de não se dar conta de que está ligada a manifestação do alto apreço que tem por si mesmo, fato que as tornam soberbas e orgulhosas perante os homens. O comum é se sentirem perseguidas, não entendendo que a recíproca é verdadeira e que o processo está na cabeça e no interior de cada uma delas.
É preciso muita compreensão para se relacionar e conviver com o egocentrismo. Trata-se de um ego poderoso e avassalador, pois, a personalidade psíquica do indivíduo é o mesmo de estar consciente e exercendo o controle do seu comportamento, sem admitir.
No egocêntrico a consideração e o apreço por si mesmo acaba por se juntar ao orgulho, o que torna a pessoa a buscar influência e liderança a qualquer preço, o que resulta num sistema oposto ao estar presente para amparar ou até ouvir, compartilhar e amenizar os problemas dos amigos, amantes, entre outros.
Em todos os relacionamentos onde o egocentrismo está presente uma das partes sai vitimada. Nestes casos o remédio é não acumular mágoas. As mágoas fazem com que o ferido torne-se dependente e perca a oportunidade de se ver livre das garras daquele que insiste em ser o alvo e o centro das atenções. Benza a Deus para se ver salvo e longe deste encosto chamado egocentrismo!

Rubens Fernandes

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Renascer

Renascer

Você pode não acreditar, mas, esta é a sua segunda vida. Você já viveu outra e não se lembra.
Não se trata de afirmação religiosa e, sim, de uma real constatação. Esta verdade pode ser provada e comprovada analisando outro modelo de existência já vivido e diferente deste.
Tudo acontece pela luta da sobrevivência que traz crescimento e faz transcender para outra etapa após a suposta morte e confirmada por fatos precedentes.
Está confuso? É que você não se recorda de quando viveu dentro do universo físico e sentimental de seu pai, até encontrar-se no mundo biológico e também sentimental da sua mãe.
A prova maior de que já existíamos, foi quando por amor ou não, fomos lançados dentro de um útero para caminharmos em direção do óvulo a nossa espera. Não se lembra? Foi uma competição e tanto e como vencedor recebeu o direito de renascer, transformado em um novo ser.
Vamos entender melhor! Éramos espermatozóides e rompemos todas as barreiras para fecundar o óvulo, numa corrida fascinante. Uma disputa para os fortes e determinados. Pois, a Lei do Renascimento e para quem primeiro chegar e, assim, continuar a jornada da existência. Você e eu fomos guerreiros e só conseguimos estar aqui porque fomos um espermatozóide dentro da vesícula seminal de outro corpo físico.
Talvez nunca tenha passado pela sua cabeça que um espermatozóide também possui vida numa forma corporal desigual, existindo em outro mundo.
Acredite! Você já participou da mais emocionante e perigosa aventura da sua outra existência, porém, não se lembra de como foi. Eis o mistério!
Incrível! Não tivemos medo de enfrentar os desafios para romper o óvulo e obter o troféu da sobrevida. O que parecia morte após a luta da sobrevivência, na verdade, era um sono profundo a espera das mutações necessárias para obter vida nova. Espera paciente e confortável no paraíso do líquido amniótico para renascer em formato humano.
Resta então pensar... Com certeza uma terceira vida infalivelmente virá.
Quem morrer verá!

Rubens Fernandes

rubensfernandes@bol.com.br

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Poder

Poder


Longe de ser uma busca interior que possa traduzir um crescimento consciente, o homem desvirtua sua evolução espiritual para ir ao encontro do desenvolvimento aguçado da influência autoritária. Poucos são os homens que trabalham pelo engrandecimento pessoal e social. Poucos são os homens que se doam por amor, por amizade, por dedicação e sem o interesse da conquista para obter vantagens e, sim, pela gratidão do coração ou pelo prazer de praticar o bem estar comum.
Diferente do correto, os elos que nos ligam e nos colocam em afinidade uns com os outros, mostram as formas competitivas do enfrentamento exercido pelo autoritarismo.
Se não, vejamos.
É comum presenciar pessoas em atitude de superioridade exalando prepotência. Na verdade, são pessoas que não só estão praticando uma implicância em relação a algo ou alguém, como também estão exercitando, testando e colocando a prova os seus mandos egocêntricos.
Nada contra o sentimento de conquista, mesmo porque o que é do homem o bicho não come, porém, esta trajetória tem de ser a menos conflitante possível para que as partes envolvidas não sejam prejudicadas. E, tão pouco sejam ofendidas e magoadas por ações dominantes.
O poder natural esta no fato de não se impor... É envolvente e não exige esforço para ter.
O que de fato deve prevalecer é a espontaneidade dos atos e atitudes. É a liberdade de pensar e transformar em realidade o poder criativo estruturado na capacidade e no respeito humano.
O dia em que as principais lideranças descobrirem que o poder está nas ações de compaixão e, para usufruir basta ter senso de justiça, o mundo se transformará na tão sonhada paz universal.
Uma coisa é certa. Antes de alcançar o pódio da soberania é preciso vencer o próprio ego. Ser poderoso é ser compreensivo consigo mesmo. É ser amável, educado, sincero, fiel e possuir tantos outros predicados que levam naturalmente a ter influência e, ao mesmo tempo, admiração. A partir daí é só exercer a autoridade e curtir o galanteio.
Como você é poderoso!

Rubens Fernandes
rubensfernandes@bol.com.br

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Pai nosso

Pai nosso

Duas palavras de grande magnitude usadas naturalmente frente aos desesperos a pedir clemência por um socorro a ser solucionado. Frase que se bem entendida e pronunciada conscientemente, preenche o vazio interior de um coração a pedir clemência para que a mente possa encontrar o caminho da solução. E, neste momento, a humildade do espírito se torna única para encontrar os valores humanos escondidos pela falta de compreensão ou esquecidas por força das crenças e culturas.
Pai significa Criador, aquele que faz parte da nossa formação e geração, do qual devemos todo respeito, pois, trazemos os genes da continuidade, portanto, um ser elevado que reverenciamos com devoções e obediências.
Cientificamente ou geneticamente sabemos ser através da matéria que parte do que contém o pai, está contido no filho pelo princípio da hereditariedade.
É evidente que o pai biológico que nos foi dado pelo impulso da Lei Natural, é o homem a quem devemos respeito e gratidão pelo fato de aqui estar como reprodutor da futuras gerações. Nunca devemos desrespeitar as regras. Sejam homens ou mulheres. “Crescei e multiplicai-vos” para que se faça a evolução da humanidade.
Pelo lado espiritual a questão é um pouco diferente, usando da prerrogativa do raciocínio lógico, podemos observar a relatividade acontecendo de forma superior, atuando na igualdade para servir a todos. Retirando as características físicas que determinam as diferenças entre os seres, encontramos um Pai Majestoso que entrelaça e abençoa, desde micros até macros formas de vida. Este é o Pai Nosso que gera os racionais e os irracionais existentes no mundo da percepção sensorial e extrassensorial.
Meditando sobre a frase Pai Nosso, notamos que ela é bem explícita, pois dá a compreensão exata da existência de um Criador regendo o universo e, ao mesmo tempo, um genitor individual a olhar e direcionar a vida de cada filho. Sábio e predestinado é aquele que compreende o amor do espírito herdado daquele que nos fez para sermos iguais perante Ele. E isto só acontece quando individualmente abrimos a nossa mente para aceitar os desígnios e as vontades do Pai Nosso que estais no Céu.
Se ao expressarmos as palavras Pai Nosso conseguirmos transcender a individualidade presente na totalidade da frase, cada qual atingirá o objetivo de aqui estar para ser e participar da união total entre irmãos. Amando uns aos outros como a si mesmo. Momento em que a luz da consciência se volta para a realidade significativa da palavra “nosso”. Meu, seu e de todos nós. Espiritualmente somos filhos da mesma energia envolvidos no útero da Mãe Natureza.
Nunca podemos esquecer o relacionamento que existe entre o Pai Universal com o Pai Individual. Ambos são únicos, sendo um gerador de almas e o outro gerador de corpos. Apenas com um detalhe: o Pai Nosso gerado espiritualmente é igual para todos distribuídos em pai nosso biologicamente determinado para cada um. É assim que nascem os seres para a vida em comum.
As Escrituras Sagradas nos diz que somos a imagem e semelhança do Criador. Esta afirmação vem provar ainda mais que somos filhos espirituais de um só Pai, distribuído individualmente em cada ser ou em cada filho seu.

Rubens Fernandes

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Que estais no Céu

Que estais no Céu

Céu palavra que pelo próprio significado nos leva a imaginar o infinito e o ilimitado, incapaz de preencher um pensamento. Supremo e acima de qualquer definição, conclui-se como sendo a morada do absoluto ou a morada de Deus. Local onde tudo está e existe como num passe de mágica. Criando, expandindo e regendo a totalidade que nele vive e se movimenta.
Fora a experiência exterior na qual nós, seres humanos, observamos e temos contato espacial, fica a interior muitas vezes desprezada e abandonada pelo fato de não relacionarmos e, por vezes, não entendermos a plenitude do céu existente dentro de cada um que o Criador fez para morar e manifestar o seu Espírito.
Todos independente deste ou daquele tem uma função predeterminada para em comum acordo com a Mãe Natureza realizar a aliança universal, no sentido de estabelecer a perfeita sincronização entre os planetas e os seres vivos, a formar a imensidão atmosférica. São as responsabilidades divididas para dar continuidade ao ciclo da vida e da morte. São as missões que cada um tem que exercer por aqui estar. Qualquer mudança de percurso abala todo o sistema e, isto, causa sofrimento e dor.
O mundo é reflexo da nossa mente. O que pensamos e agimos determina o céu que idealizamos. Da mesma forma são os astros, qualquer mudança de percurso afeta o sistema planetário.
Relacionando um com o outro, verificamos que tudo está na criação celestial. Igual a um por todos e todos por um. São os regulamentos das Leis Naturais que devem ser obedecidos para que individualmente seja manifestado o equilíbrio do universo.
Todo ser possui um céu interior e pela relatividade com o exterior é perfeito. Vejamos um exemplo, os principais órgãos do corpo possuem um mecanismo de ação sincronizado e autônomo. O coração enviando sangue aos macros e micros canais de irrigação. O pulmão retirando o oxigênio da atmosfera e distribuindo ao organismo através da circulação sanguínea. Isto tudo para consolidação do bem estar físico e mental. Assim, também, é o trabalho do sol, da lua e das estrelas para consolidar o bem estar planetário. Distribuindo luz, energia e beleza. A ligação da função exercida é que faz a harmonia.
Espiritualmente podemos constatar ser pelo modo coerente de pensar, com a mente voltada ao cumprimento da vontade idealizadora do que é estabelecido no amor e na verdade que cada qual carrega, a fim de produzir a recíproca união entre os homens. Tão iguais sãos os cometas, os asteróides e os satélites a produzirem uma conexão universal.
Ficam então algumas constatações. Sempre que produzimos sentimentos que induz a aproximar, a proteger e a respeitar a semelhança entre as partes, animadas e inanimadas, tiramos a tempestade do sistema emocional para fazer brilhar a luz da consciência, a iluminar o céu existente dentro do nosso ser. Sempre que contribuímos para não poluir o meio ambiente, nossos olhos se voltam para a beleza universal a que pertencemos. Sempre que a nossa mente se volta para ser a parceira dos desejos da alma consolida o Pai nosso que estais no céu. O ser humano é a parte única deste contexto, dotado de livre arbítrio para decidir em qual céu quer habitar.
Somos muitos, porém, poucos, a entender que tudo que está no céu é santificado. Então... Seja feita a vontade daquele que criou e diferenciou uns dos outros e nos tornou aliados para ser um só corpo, assim na terra como céu. Amém!

Rubens Fernandes

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Debaixo da Mente

Debaixo da mente

Vamos juntos fazer uma reflexão, um passeio no nosso interior através da mente. Prometer em não esconder o que encontraremos independente de ser uma emoção boa ou ruim. E, assim, verificar o que é do coração e o que são das crenças e dos conceitos que não dizem respeito ao que queremos ser, mas, estão presentes no nosso cotidiano.
O primeiro encontro será com os pensamentos capazes de esconder os sentimentos que nos preocupam e machucam. Caso não saibam, possuímos um esconderijo, algo parecido como colocar por debaixo da mente tudo aquilo que temos medo ou que já sofremos por experiências, marcantes ou não.
Preparem-se, pois não será fácil ressuscitá-los. Muitas vezes guardamos tão profundamente que até acreditamos não mais existirem. Lembrem-se, deixem vir à tona e perdoem, mesmo porque muitos deles aconteceram quando não tínhamos capacidade para decidir ou formular alternativa, pois, éramos crianças e não havia entendimento para distinguir uma proibição, um choro ou uma desilusão. A prova disso é que foram guardados a sete chaves sem serem devidamente curados. Respire, tome um fôlego, vamos em frente para ter um melhor conhecimento das perturbações psicológicas acumuladas.
Para alguns estas atitudes os transformaram em pessoas tímidas. Para outros, em ladinos a julgar espertos a ponto de serem capazes de enganar sem se importar de que estão enganando a si mesmo. Deixem vir na memória as mais variadas formas de manifestações abandonadas por debaixo da mente. Verifique qual é sua perspicácia aplicada no dia a dia e não se envergonhe. Seu problema não é maior ou menor do que dos outros. É seu e precisa ser solucionado para trazer paz, felicidade e alegria. Se exponha e rompa o silêncio. Fale deles com naturalidade. Quem não tem pecado que atire a primeira pedra.
Na verdade, a mente é uma aliada incapaz de decidir se algo é bom ou mau, apenas acompanha a decisão da formação do caráter que individualmente separa uns dos outros. Os que buscam ser puros e os que não. Ela age de forma a salvaguardar tudo aquilo que ocultamos. E, o que ocultamos, são as formas e as atitudes que construímos para sair da pressão de não poder realizar o que queremos. Geralmente este aprendizado acontece na infância e carregamos pela vida a fora.
O segundo encontro será com a nossa força interior não manifestada em razão de tantas mentiras, enganos, traições que colocamos afastada da alma para ser o que não somos e, sim, para ser o que a comunidade familiar, educacional e profissional quer que sejamos. Sempre que desprezamos a ordem do coração, sofremos e nos colocamos a serviço dos interesses administrados por receio de não ser aceito. Sem perceber o engano, seguimos enganados pelas máscaras que fabricamos a frente da mente para deixar de mostrar ao mundo a realidade que está estampada no espírito.
Antes de regressarmos desta meditação, vamos selar um pacto com a consciência de não mais esconder ou tapar o sol com a peneira, colocando os problemas por debaixo da mente, mas, sim, retirando as sujeiras incrustadas no nosso interior e exterior para mostrar a todos a beleza que a natureza criou para sermos iguais perante os homens. Porém, desiguais na razão facultativa de julgar os próprios atos.

Rubens Fernandes

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Dividido

Dividido

Sempre que tomamos a atitude de distinguir alguma coisa para tomar uma decisão, estamos dividindo em várias partes, a fim de escolhermos uma entre todas e, assim, se dedicar por inteiro e sair vitorioso. Caso não seja desta forma e haja indecisão na escolha, permaneceremos em discórdia com as ações e dificilmente chegaremos ao resultado final, o de ser um vencedor.
Fica claro que quando dispersamos os esforços em detrimento de vários interesses comum ao prazer e a necessidade daquilo que queremos, estamos divergindo pensamentos e colocando a perder a realização dos objetivos. Para não haver indisposição entre o manifestar e o realizar é preciso focar a atenção na escolha de uma das partes e se concentrar nela. Seja ela física ou emocional. O ideal é a pratica de uma meta de cada vez. É fazê-la por satisfação e nunca por obrigação.
Toda escolha começa na mente e na hora de separar o melhor somos colocados a frente da razão e do coração, fato que nos leva a ficar dividido, principalmente, se a formação cultural, religiosa e familiar for fraca. Quando isto ocorre, a fonte dos desejos entra em desavença e limita a manifestação daquilo que idealiza. A consequência é um individuo frustrado e problemático.
Não se pode permitir a divisão no interior do ser, pois ela limita os sentimentos e atitudes. Separa e confunde o objetivo alvo. Pelo lado emocional estar dividido entre o amor e o ódio é a forma mais rápida de atrair mágoas. No profissional é o mesmo que trabalhar anos afinco e nunca chegar à realização.
Se observarmos os seres irracionais, verificamos que eles agem por inteiro em tudo aquilo que fazem. Em todas as atitudes preferenciais da cadeia alimentar são perfeitos por se dedicarem integralmente nas ações. Ao contrário, nós os racionais, até por livre arbítrio, desperdiçamos boa parte da vida nas divisões mentais impostas pelo medo, pela culpa e pelo despreparo espiritual para decidir e correr atrás dos sonhos.
Todo homem possui no seu interior o bem e o mal. Saber lidar com isto é o caminho para atingir a plenitude de aqui estar para formar um indivíduo íntegro. É saber decidir pela vontade do seu íntimo a trabalhar para ser uma pessoa correta dentro de uma sociedade. E, a única forma de atingir este estágio é buscar na sabedoria interior a melhor escolha das partes e, automaticamente, viver intensamente por cada uma delas. É saber separar as emoções negativas dos interesses próprios e transformá-las em emoções positivas a integrar a felicidade de todos que convive à volta. Porém, nunca dividido e, sim, decidido. Focado naquilo que quer.
A natureza dá o exemplo. São as suas partes que formam o nosso planeta e o nosso universo. Ao cuidar detalhadamente de suas criações, demonstra todo amor não limitado por escolha. Cuida de forma igual por amar cada uma das suas manifestações.
Nós humanos é que permitimos nos apartar desta magia. E, quando fazemos... Sofremos. O mais interessante é que sabemos disso e não obedecemos à ordem da unidade que forma o todo.
Ao acreditarmos ser a parte diferenciada do mundo em que vivemos, deixamos de ser inteiro para ser a porção prepotente do todo chamado humanidade.

Rubens Fernandes

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Seja bem-vindo!

Seja bem-vindo!

Todo o ser vivente quando vem ao mundo o universo recebe-o com um afetuoso seja bem-vindo. Sem distinção de classe ou de cor. Sem distinção de ser racional ou irracional. Somos seres criados para dar ao planeta a sustentabilidade, a fim de retribuir a continuidade do processo evolutivo, por isso, somos bem recebidos. Viemos para oferecer ao próximo a oportunidade de se relacionar em comum acordo com as leis naturais. Amar e ser amado. Isto acontece quando o afeto está presente no cotidiano. Nascemos puros e desejados para depois, no desenrolar da vida, ser atacado pelos agentes agressivos que destroem e colocam em risco a estabilidade de harmonizar a sobrevivência. Depois que passamos a existir e crescemos, perdemos a consciência da preservação. Perdemos o carinho. Perdemos o valor da compaixão e do respeito humano.
O nascimento de um ser vivente é a transformação da carne e do espírito. É tão extraordinário e fantástico que o seja bem-vindo é reflexo dos nove meses de espera que imagino seja ansioso no coração de quem carrega. Por isso, a ternura ser maior nas atitudes de uma mãe. Haja o que houver seus atos de amor duram além da gestação, mesmo que lhe falte doutrinação na criação do filho.
Ninguém vive sem a cumplicidade que gera o sentimento de amizade. Toda criança que cresce na ausência da afetividade, geralmente passa por dificuldades emocionais. Possui desenvolvimentos negativos e se perde ao longo da jornada de adulto. Nada compensa a falta de carinho, principalmente na infância. O rompimento umbilical é necessário para sobrevivência, mas, o rompimento do seja bem-vindo é angustiante e desnecessário, pois, não se pode viver na falta do calor humano. Fomos criados para realizar em parceria. Focados na paixão.
O corpo humano é dependente do prazer. As coisas fundamentais ao desenvolvimento que não temos abalam todo o sistema emocional e tem um efeito prejudicial a nossa saúde. Isso revela a natureza essencial e contínua do afeto humano fora do útero para manutenção do caloroso seja bem-vindo. Elemento chave para formação da personalidade e do caráter.
Quando somos crianças e recebemos toques físicos e espirituais afetuosos a tendência é que sejamos adultos saudáveis. Por outro lado, quando somos desenvolvidos em uma atmosfera que falta o afeto humano, consequentemente a saúde mental é abalada e acaba enfraquecida.
Com base nas experiências, verificamos facilmente através dos adolescentes criados a revelia, soltos as ruas, longe do colo humano, a dificuldade de situarem na mocidade como capazes de obterem uma vida de interesse pela preservação do bem estar dos outros. Tornam-se criaturas revoltadas e passam a existir fora do seja bem-vindo, excluídos de forma cruel e desumana pela indiferença da sociedade.
O desenvolvimento humano é nada sem dividir. No entanto, se continuarmos a negar a mudança exigida pelo contato pessoal de solidariedade, estaremos contribuindo para destruição dos valores humanitários. Não se trata de dar ao recém nascido a recepção merecida e, sim, de ofertar ao jovem, ao idoso, a magia transformadora do amor ao próximo. Somos por glória do universo a qualquer tempo... Todos bem-vindo!


Rubens Fernandes

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O Paladino

O Paladino

Sabia que existe um herói dentro de você? Pois é... Ele existe! É valente, corajoso e conquistador! Um guerreiro a trabalhar para dar proteção a quem dele precisar. Ocorre que muitos não dão atenção a este mensageiro que se manifesta através dos pensamentos intuitivos, capaz de aliviar os conflitos do dia a dia e curar os sofrimentos dos aflitos e dos desesperados. No geral, são as pessoas de pouca fé e sem espiritualidade que não sabem. São as que acreditam tão somente no processo mental e não permitem trazer a campo, a sabedoria da intuição para diferenciar o bem e o mal, a fim de vencer as desordens psicológicas das culpas e dos medos.
São as pessoas descrentes e indecisas para acatar a solução que vem de dentro do próprio ser, por isso, é melhor manter em cárcere privado o amado companheiro e, só libertá-lo quando se está no fundo do poço. Quando se está no desespero. Quando o pensar já esgotou todas as formas evasivas de solucionar as aflições. Tudo porque a mente entende ser soberana e inverte os valores diante da luz do espírito. E, isso acontece em razão do prazer físico ser mais forte do que o prazer do amor, da doação e da aceitação. Assim, sofre por não libertar o conselheiro que mora dentro de si. O Paladino que faz toda diferença no momento de agir. No momento de colocar as vontades conscientes do melhor que merecemos por direito divino.
Fato é que aquele que não liberta o seu herói coleciona falsos ídolos e está predestinado ao fracasso. Os falsos ídolos corroem a alma e destroem o caráter, conduzindo pessoas de boa formação para o caminho da irracionalidade.
Toda ideologia continuada de fora para dentro caracteriza adulterar os sentimentos. E esta adulteração induz a personalidade a fazer ações não condizentes ao respeito humano. Algo como se tornar orgulhoso e insensato diante do semelhante. Mas, quando se volta para o interior de si e permite a vazão do eu legítimo, descobre a cumplicidade do legado parceiro de todas as horas, a falar e a orientar as atitudes corretas em busca da felicidade.
A essência dos valores humanos está estabelecida na morada de todas as Leis da Natureza, enraizada na consciência de todos os seres viventes. Permitir vir à tona e praticá-la é o desafio do mensageiro da verdade. Aceitá-lo como o salvador e transformá-lo em único ídolo, é a entrega que irá aliviar a pressão mental para realizar os nobres desejos de ser a missão de aqui estar para realizar e ser feliz.
Então, se o comum em você é identificar os prazeres através do ver para crer... De eleger a matéria para ter certeza do como proceder... De pedir e dar carinho através das crenças constituídas por força dos desejos mentais... Pare e pense... Será que vale a pena ser o escravo destes enganosos pensamentos que formam os ídolos da ilusão? Ou, não será melhor ir ao encontro da energia invisível desprendida pelo defensor interior que nos conduz a praticar os valiosos sentimentos que nos coloca no rumo certo da vida?
Abençoados são aqueles que encontram a resposta sem lutar para obtê-la. Abençoados são aqueles que respeitam as determinações do amigo inseparável na tristeza e na alegria. Abençoados são aqueles que conhecem e valorizam o seu coração, pois, estes encontrarão o Paladino que tanto buscam para obter a paz interior.


Rubens Fernandes

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Dependência

Dependência


Sempre que ouvimos esta palavra associamos a questão de existir um dependente de droga. Mas, não é esta subordinação que mais atormenta o ser humano. Claro que o álcool, a cocaína, o crack, afetam pessoas e transformam em infernos as famílias de bons costumes. Falo da dependência humana, instalada nas cabeças de pessoas saudáveis e promissoras que não conseguem manifestar os verdadeiros sentimentos de amor, de liberdade e de realização. Pessoas que vivem presas a determinados domínios, escondidos atrás da proteção de um relacionamento falido. Pessoas que vivem a trabalhar para sustentar os prazeres e não para realizar como missionários. Pessoas que atravessam uma vida sem perceber que em seus subconscientes incutiram a culpa, o medo, fazendo deles escravos das conquistas materiais sem aprovação espiritual. Pessoas que abortam as vontades transformadoras da preguiça em trabalho, da tristeza em alegria e da angústia em prazer. Pessoas que não encontram a independência para explorar as virtudes porque ainda estão vivendo as questões conflitantes não resolvidas do passado. Pessoas a viver da imaturidade do raciocínio, agindo como crianças subordinadas pelos atos autoritários enfrentados em determinados momentos da vida. E, as mais sufocantes, pessoas mentindo e enganando para levar vantagem em tudo. Certas de que suas desculpas são impercebíveis.
Quando aceitamos a sedução de algo ou de alguém, deixamos de ser para ter. A única forma de rendimento que devemos permitir é a de acatar as ordens da consciência. Feliz é aquele que é dependente da força realizadora dos sonhos. Sonhar e nunca desistir de vê-lo materializado é o caminho seguro para alcançar o reino dos céus. Mas, para que isto aconteça é preciso estar no estágio autônomo que retira da mente o processo contínuo e repetitivo das mentiras que ilusoriamente aprendemos a usar para se defender das cobranças do dia a dia. Permitir enganar o outro é o mesmo que adquirir a reação da ilusão. É o mesmo que adquirir as respostas das ações inversas das que desejamos. É estar acomodado no estágio da enganação que geram os conflitos emocionais e afetivos. É o mesmo que receber tratamento idêntico que irá estabelecer desde ansiedade até as mais variadas doenças. Cada cabeça com as suas dores. Cada cabeça com a sua dependência.
Existem tantos meios que nos levam a estar subordinado a algo que é impossível apurar um bom exemplo. Porém, todos eles partem de dentro para fora, conforme a conveniência de cada um. Um fato é comum, somos severamente punidos por amar e desejar o que acreditamos ser o melhor e não o fazemos. Nestes casos, agimos covardemente, permitindo ficar na inferioridade para ter segurança. Ao aceitar a imposição inferior, atraímos o que irá modificar o que trazemos no coração, passando a ser secundário perante as possibilidades de possuir a paz interior.
Justificar que nem sempre a vida nos permite ser o que somos não é a verdade íntima que carregamos. O homem veio ao mundo para experimentar os puros sentimentos sem a doutrina racional da dependência de outro. Um vencedor nato jamais obedecerá ao ego e sim ao amor dependente de Deus. Viva a indepedência!


Rubens Fernandes

terça-feira, 26 de julho de 2011

Alguém especial

Alguém especial


Sou uma pessoa que sempre procurou alguém especial para preencher a vida. Não sei se é o seu caso, mas, este é o meu caso. Sofri e sofro muito por isso. São muitos anos vivendo desta forma. Hoje, maduro, observo o quanto fui indisciplinado com as coisas que me tocavam o coração. Não sei por que as abandonava sendo que neste exato momento sinto falta, justamente delas.
Confesso que tive vários amores e poucos dissabores. Tive muitos amigos e poucos inimigos. Só não fui especial para nenhum deles. Por isso, a insatisfação e procura por alguém que possa ocupar o que falta com compreensão e nada exigir.
Daqui para frente resta pouco para tentar salvar os anos desta procura. Conto os dias com previsão, vivo com intensidade, embora, ainda sem exatidão de como encontrar.
O passado deixou no meu íntimo a impregnação das crenças e culturas que nunca existiram e tão pouco faz parte da minha alma. Sei que quando passei a existir, estes paradigmas sociais e familiares foram construídos a revelia, quase impercebíveis no meu inocente viver. Feito tempestade, inundaram a minha existência e me consumiram como escravo a servir pensamentos e não as vontades. Portanto, preciso encontrar alguém especial antes que não dê mais tempo para amar. Antes que não dê mais tempo para dizer eu te amo. Antes que não dê mais tempo para achar o que de fato irá me fazer feliz.
Engraçado... Sempre procurei sem encontrar e não prestei atenção que o tempo passa, ou melhor, voa. Pelo contrário, nas fases anteriores, infância e mocidade não tinha esta preocupação. Mas, agora, estou atento e exigente ao que faltou explorar no meu ser. Dividido, não acho a outra metade que fale aos ouvidos, você é especial.
Mesmo sabendo que a fila anda e que estou próximo da entrada, sigo igual a todos sem saber em qual teatro vou entrar e qual papel eu irei interpretar. Resisto e penso em como parar esta caminhada. Só sei que depois de muitos anos, cansado, sinto a falta de orientação e de um ombro amigo. Confuso, não entendo por que tenho que lutar para ter felicidade.
Foi assim a minha vida, entre a procura e o descanso, trancado no esconderijo da intimidade tentando esclarecer a razão de tanto sofrimento. Uma batalha interminável com as entranhas e dificuldades deixadas pelos medos a fim de impedir encontrar na clareza mental, a verdade dos meus sentimentos.
Ah! Quantas inseguranças invadiram por tanto tempo as minhas manifestações. Acreditem, não vivi o bastante para ser amável e, sim, rebelde. Até que de repente... Em um momento de lucidez... De calmaria em minha mente... De transcendência... Escuto uma voz vinda do meu interior... Do âmago do meu ser... Você é especial! Nunca te abandonei e sempre te amei. Sou o legítimo amigo de todas as horas. Eu te criei para amar e dar amor. Não omita e nem resista. Sou a entrega que une a mente ao coração. Chega de me substituir pelo ego possessivo. Estamos juntos desde o nascimento e por respeito ao livre arbítrio, não me revelei. Crescemos na cumplicidade da alma. Sou pequeno no corpo, em contrapartida, sou imenso no espírito. Sou você no presente, no passado e quando não mais existir na matéria. Sou a sua consciência reveladora... O alguém especial que tanto procura...
Foi neste momento que me tornei humilde e, pude compreender que em todos os momentos de indiferenças e rejeições, eu não me amava. Assim, prepotente, buscava fora de mim por alguém especial. Fugindo do amor que Deus tem por mim.

Rubens Fernandes

terça-feira, 19 de julho de 2011

Orientador

Orientador

Quando buscamos sair dos conflitos e não encontramos uma saída é porque não conseguimos ouvir os conselhos da consciência. Neste momento, por várias razões que vão desde uma simples ansiedade até uma mágoa profunda, ficamos reféns das racionalizações que não deixam os sentimentos da compaixão vir à tona. Os resultados todos sabem são as brigas intermináveis e os desencontros entre a manifestação da raiva e do amor. Assim, os relacionamentos são afetados pelas indiferenças e pela falta de sinceridade para exprimir o que de fato está sentindo.
Existe dentro de cada ser um guia capaz de realizar todas as soluções. Apenas com um detalhe! Sempre que agimos com o intuito de valorizar o eu, em detrimento das ações do ego, este nos leva a distanciar cada vez mais deste protetor. Feliz é aquele que ouve e expande o eu legítimo e o coloca a disposição dos outros, sem perder o respeito e o amor próprio.
Na maioria dos casos são as confusões de pensamentos que não deixam estabelecer o contato com as tranquilas informações do orientador interior, capaz de indicar o caminho que irá transformar e desvendar o que é amar, respeitar e ser feliz. Tal qual um guerreiro que sai em defesa para dar proteção natural a todo sistema psicológico, direcionando de forma amigável, o rumo certo da vida.
O comum é confundir autoestima com atitudes egoísticas. Esquecem que aprender a valorizar-se é jamais transpor os direitos sentimentais dos outros. E, quando isto ocorre, é porque o ego está no comando, enganando e vivenciando as razões que geraram os sentimentos de insegurança. Age sem verificar com o coração e vai logo formando os desejos de vingança. Neste caso, falta amadurecimento a ser colocado para fora. Falta avaliar o processo internamente e entender o outro lado da questão. Falta coragem para escutar a voz da intuição protetora. Situação em que a desforra fala mais alta e os conflitos passam a existir. Na religiosidade, é o mesmo que vender a alma ao diabo e sentir o senhor intocável por uma enganosa superioridade.
Enquanto esta ligação perdurar, dificilmente irá existir a tão sonhada paz interior. Sempre algo estará incomodando e subtraindo a alegria de ser e de viver. Atos impensados e sem orientação espiritual não são restauradores, ao contrário, são atitudes desperdiçadas para existir e vivenciar dentro da normalidade de ser.
Atuar acatando a voz da consciência é abolir as riquezas espirituais e materiais prometidos pelos pensamentos sem consistências. É vencer pelos direitos constituídos, pois o que é do homem o bicho não come. É ficar livre do processo angustiante que maltrata e tira da humanidade a qualidade de existir. O que é nosso já vem incorporado para se tornar visível nas diversas fases da existência. Para tanto, basta ouvir e ficar atento as ordens do guia protetor.
A verdade é tão experimental que o mais nobre dos humanos que já passaram pela terra sabia disto e, em nenhum momento, se furtou da missão de morrer por ela. Jesus, não foi egoísta. Proclamou a todos que deveríamos fazer a vontade do Pai. E, isto nada mais é do que seguir as instruções do orientador interior. A bússola da vida também faz parte do pacote. Saber usá-la é sair da prisão.

Rubens Fernandes

terça-feira, 12 de julho de 2011

Talentos influenciados

Talentos influenciados
Nós nascemos como menino ou menina que vem ao mundo para ficar conhecido e realizar o sonho dos conquistadores. Mas, por predomínio dos nossos pais, avós, tios e até de amigos, perdemos o contato com o que de fato queremos. Ações que levam inocentes recém nascidos a sofrer influência dos ideais não realizados dos entes queridos. O interessante é que fomos feitos para ser único e para realizar a vontade do que trazemos na fonte dos desejos. Verdade escrita tal qual um DNA espiritual que tem que ser manifestado, caso contrário, trará sofrimento no decorrer da jornada existencial.
O comum é desempenharmos pequenos talentos próximos do verdadeiro, adormecido no âmago do nosso ser. Procedimento que nos dá energia suficiente para ir tocando a vida, mas, longe de chegar à realização plena. Primeiro, é preciso sentir, amar e dividir a alegria de ter um encontro com a própria essência. Segundo, transformar para representar mentalmente um ato a ser criado em obediência ao impulso ou motivos ditados pelo coração. Terceiro, uma capacidade de escolha tomada em decisão com a entidade superior estabelecida na consciência e nunca de terceiros.
Raras são as pessoas que conseguem este triunfo. São as iluminadas e, se repararmos, irá verificar que a vida delas flui livremente com carisma e sabedoria. Popularmente dizemos: “vão de vento em poupa”. São criaturas especiais que agem com naturalidade, com disciplina e com desenvoltura sem perder o fio da meada. Apenas um detalhe, é preciso não confundir com os problemas e conflitos pessoais. Estamos falando do dom que tem que ser expandido em busca da concretização da aptidão natural. Não os exercidos por imposição e, sim, os próprios. Algo como encontrar a mina de ouro no subsolo da propriedade que lhes pertencem. A dádiva de saber explorar, lapidar e expandir o talento autêntico, com firmeza e coragem, para alegria do Pai revelada nas qualidades do Cristo obediente.
O Divino que está embutido dentro de nós é que tem que ser descoberto conforme a nossa verdade e, não, nas opiniões influenciáveis dos outros, pois, esta não nos pertence. É preciso ser o instrumento criador que determina a força preciosa das realizações. Sonhar, concretizar e ser feliz sem esforço. Para a glória do corpo, da mente e do espírito.
Grande parte da humanidade não acredita e tão pouco conhece este instrutor que se encontra enraizado dentro dos sonhos que precisam ser materializados. Um parceiro íntimo dos objetivos a serem cumpridos. E, juntos, conduzir como perfeitos idealizadores a missão de perseguir com interesse e paixão, o que já vem determinado desde o nascimento. Muitas vezes esta faculdade de aceitar a ordem que vem do interior é confundida com outras que vem do exterior. É aí que mora a ilusão! As crenças, os conceitos e os paradigmas que impuseram em nossas cabeças, criando os talentos influenciados que afastam os homens do sentimento construtor dos desejos da alma.
Não é preciso ir longe para encontrar o talento perdido. Ele está mais próximo do que se possa imaginar. Basta romper a barreira da culpa e do medo. Basta vencer os espinhos para chegar à rosa. Se entregar e gritar para que todos possam ouvir... Seja bem-vindo e me faça feliz!

Rubens Fernandes

terça-feira, 5 de julho de 2011

Quando você é a criança!

Quando você é a criança!

A maioria das pessoas age em razão da criança do passado. Hoje, adultas, vivem em função dos fatos marcantes da infância. Em situação de pressão não conseguem raciocinar com a idade presente. São vítimas das ações que as envolveram e criaram as crenças dentro das experiências vividas. Claro! Inocentes, ocasionadas pelos sentimentos do medo, da rejeição, das culpas e perdas relevantes que as afastaram do pensar maduro. Estas marcas não se apagam, ficam latentes, prontas para sair do inconsciente e manifestar quando acuadas diante do momento que assemelham ao triste acontecimento. Sentimento que leva o adulto a agir em parceria com as questões sofridas e realçadas no subconsciente quando você é a criança.
É comum ouvir falar que fulano ou sicrano tem dupla personalidade. Na realidade a manifestação do que se pensa ou expressa é dependente do momento em que uma das qualidades próprias estará pronta para atuação: a ingenuidade ou a maturidade. Algumas pessoas têm dificuldade de pensar antes de executar e estaciona numa determinada idade em situações que assemelham a dor sofrida anteriormente. Outras seguem crescendo com naturalidade, assimilam e revertem os desgostos estampados no sistema psicológico. Enfim, as pessoas de duas caras, palavras popularmente usada, são dependentes da firmeza de caráter e do aprendizado que cada qual tem ao saber lidar com os traumas ou impressão que recebeu por doutrinamento familiar, educacional e social.
São os acúmulos das emoções vividas que determinam a personalidade e tem que ser diferenciadas do caráter. São comuns indivíduos de boa índole e pacificadores, entrar em desespero e praticar reações fora do controle, justamente por perderem o comando adulto para a criança atuante.
Deste modo, a infantilidade encobre a felicidade que varia conforme os relacionamentos. Nascemos limpos de tensões. A família, o grupo social, a educação recebida, o sexo e a religião na qual nos encontramos envolvidos é que determinam o que somos. Assim, evoluímos desde o princípio da existência expostas as várias informações que nem sempre resultam em equilíbrio. Diante do meio envolvente, do que desejamos e do que os outros esperam de nós ficamos vulneráveis as carências afetivas. São elas que distinguirão a criança ou o adulto em atuação.
Desde que nascemos o conhecimento e o envelhecimento nos empurram para a maturidade, ensinando, moldando, castigando ou premiando-nos, durante as sucessivas etapas da infância e da juventude. Primeiro a família, depois a escola, o grupo de amigos, vamo-nos formando, sempre em função de padrões comportamentais, em busca de sucesso, de reconhecimento, de aprovação e de afeto. Se porventura em alguma destas ocasiões somos feridos emocionalmente, o processo natural progressivo da psique pode parar, rompendo o elo do amadurecimento. A consequência é um adulto se tornando criança frente a tais situações, fato que podem perdurar por longos e intermináveis anos.
Então! Na hora do aperto, da necessidade e do raciocínio lógico, pare por um instante. Preste atenção nos atitudes e sentimentos, sem medo de avaliar e verifique quem de direito está comandando. Nunca esqueça que quando se permite incorporar a criança rebelde ou revoltada de ontem, o amanhã de alegria não será possível ao adulto.
Ah! Não confunda com a criança pura e imaculada, esta sim, herda o reino dos céus! Quando você é a criança mimada, mentirosa, prepotente e coloca a culpa no outro, esta lhe rouba a alma e não deixa você ser feliz.

Rubens Fernandes
rubensfernandes@bol.com.br

terça-feira, 28 de junho de 2011

A tal de autoajuda

A Tal de autoajuda

A corrida pelos efeitos da autoajuda e a leitura de livros que possam chegar rapidamente à realização dos desejos, promete esperança e vende milhões de exemplares. Parece milagroso, mas, não é. Envolvente a primeira vista, rapidamente se dissolve quando observa que a experiência na vida real é diferente do que está escrito. A facilidade das letras está longe da realidade. Achar o livro maravilhoso é bem diferente do que usufruir das técnicas ou ensinamentos afirmados no texto.
Acreditar que as coisas acontecem no nível mental e sem autoconhecimento profundo é comum. No geral, buscam-se as aspirações sem disciplina e força de vontade estruturada na raiz da questão. Achar que ler e exercitar já são o bastante não traz resultado nenhum. A maioria pensa assim e, após alguns dias acaba desiludida.
O certo é que cada ação para atingir o objetivo, depende de um sentimento único, compromissado com a divindade estabelecida através dos dons. O encontro com o talento a ser desenvolvido é que proporciona uma autoajuda para atingir o campo das realizações. E, isto só se encontra dentro de cada ser.
A vida flui quando o agir é correto. Não existe milagre! Quando se está em desacordo com a programação divina nada dá certo. Pensar em ser rico e não pagar o que deve é um exemplo banal, mas, realístico. Serve para elucidar tantos outros motivos pelos quais não se consegue chegar a um final idealizador. O pensamento positivo ou até mesmo uma oração depende da comunhão entre corpo, mente e alma. Se a atitude mental não estiver em harmonia com os valores da consciência jamais terá sucesso na riqueza, seja ela material ou espiritual.
De nada adianta querer ser um cantor se finalidade é de ator. Pode-se até estudar e desenvolver o canto, porém, jamais alcançará o êxito esperado. O resultado depende da lapidação do que pertence por imposição natural. O que é do homem o bicho não come. Tão popular e tão verdadeiro. O importante é ter fé e nunca desistir daquilo que o âmago quer. Fazer como Jesus nos ensinou: “Seja feita a vontade do Pai que estais no Céu”.
Encontrar a finalidade de ser e de aqui estar, é desvendar a missão e dela usufruir, sem esquecer a responsabilidade de dividi-la com todos. Todo ato egoístico tende a durar pouco.
Antes de gastar para comprar um livro, CD, DVD ou assistir uma palestra de autoajuda, é imprescindível mergulhar no íntimo e banhar no batismo conciliador entre o sentimento e a mente. Só assim o universo conspirará a favor.
Outro fato interessante é a necessidade de redimir das culpas e dos pecados que não lhe pertence. É voltar a ter a inocência do nascer. Ser criança para de novo aprender. É reconstruir a vida sem influência das crenças adquiridas. Aí sim, auxiliado pelo conhecimento de um bom livro, seguir rumo à libertação em busca do desejo do coração e não ao ego. Entender que o ter nunca será sinônimo de felicidade.
Quantas aptidões profissionais vão aos ventos por falta de garimpagem! Bons médicos, educadores e tantos outros talentos desperdiçados por ausência de um trabalho interior melhor apurado. A vida é encontro com as ações comprometedoras entre a consciência e o instinto criador. Encontrá-las e trazê-las a tona depende tão somente da força de vontade de cada um. Autoajuda é uma energia incondicional e particular. Não aceita imposição e, sim, o conselho relativo de um bom livro ou de sábias palavras.

Rubens Fernandes

rubensfernandes@bol.com.br

terça-feira, 21 de junho de 2011

Sair do armário

Sair do armário


Pensar que a frase sair do armário significa a relação com as opções sexuais escondidas não é o correto e trata-se de preconceito injusto para aqueles que temem a condenação familiar e social. Ela é abrangente e traz diversos conflitos que podem prejudicar a trajetória de qualquer indivíduo fora do ícone da sexualidade. Todos têm algo escondido e bem guardado. Muitas vezes são tão simples de serem resolvidos e, ao mesmo tempo, complexos de serem solucionados que acabam diante de uma suposta e sufocante prisão interna.
Diferente daqueles que pensam preconceituosamente a expressão sair do armário serve para sair de qualquer questão psicológica que prendem milhões de pessoas, colocando-as em situações de desequilíbrio frente aos relacionamentos e no modo de se apresentar perante as fases da vida.
Você pode sair da camada mais introspectiva do sistema psicológico, como sair da droga, da obesidade, da sarjeta, das dívidas, sair das coisas que não gosta e de tantas outras que fica impossível de relacionar cada uma delas. Cada cabeça com a sua experiência quando está vivendo a escondida e, sofrem, por receio de colocá-la para fora.
Existem vários questionamentos interiores que muitos preferem omitir, são as relevantes formas de se esconder para fugir e se sentir supostamente seguro, usufruindo-se do sair do armário somente para os conflitos sexuais.
Quantos tímidos não conseguem encontrar uma forma de se libertar das crenças estabelecidas no subconsciente, o que dificulta a sua saída do estado emocional ao qual se encontra. Preso frente a uma situação que demanda ações sentimentais. Sem romper as barreiras para alcançar a liberdade sua capacidade mental padece e o corpo sofre.
Não importa qual seja o caso, para se sentir livre tem que botar para fora o que se esconde, caso contrário, não existe felicidade. De uma forma ou de outra é preciso não julgar e encarar o próprio segredo com bravura, a fim de alcançar a validação dos reais desejos. Tem que ser uma via de ida e volta descobrindo o que encobre personalidade, rompendo as grades do sofrimento.
Em muitos casos uma ajuda profissional é valiosa. Encontrar a forma de sair do armário é a maneira de romper as entranhas mentais e, entender que o medo, ao ser rompido, pode ser satisfatório em determinados momentos e contraditórios em outros. Porém, uma coisa é certa, aos poucos e depois das tentativas, a consciência vai adquirindo confiança e, entre erros e acertos, a vida de um tímido começa a ser liberada para realizar suas vontades enrustidas. Quando consegue são vitoriosas e a compensação é o encontro consigo mesmo.
Para que haja verdade não pode existir negociação. Algo tipo um religioso que usa das primícias da fé para encobrir seus sentimentos contraditórios.
Abrir a porta do armário e se mostrar também não são tudo, embora o alívio seja imediato, é preciso ir onde, como e porque o esconderijo começou. É ter a coragem para ir à profundeza do ser e eliminar a raiz da questão. Todo conteúdo tem que ser perfeito e de acordo com a originalidade de cada um. Só assim a liberdade de ser acontece.
Rubens Fernandes
rubensfernande@bol.com.br

terça-feira, 14 de junho de 2011

Vida respeitada

Vida respeitada
Parece simples quando se quer ter e experimentar. Complexa quando se quer desvendar. Vida com certeza traz consigo o segredo de algo extraordinariamente divino. Ela não pertence a quem tem e não pode ser escolhida por quem a adquiriu. Embora seja temporariamente do vivente, o máximo que se pode fazer é simplesmente vive-la. É parte envolvente de uma unidade e dependente de algo desconhecido, por isso, coloca medo, insegurança e conflitos, principalmente quando se entrega a fim de experimentá-la.
O interessante é a diversidade da natureza que permite a existência de milhares de formas vivas, das curiosas até as inteligentes. Caracterizadas pelas maneiras de expressar conforme determinação dos mistérios divinos estampados dentro de cada uma delas. Trocando em miúdo, a vida é a essência de cada ser, imposta pelas ações das Leis Naturais. Afinal, não há loucura nenhuma em dizer que temos irmãos bactérias, animais, aves e tantos outros seres visíveis e invisíveis. Todos com um objetivo a ser cumprido. Seja para o bem ou para o mal.
Algo interessante está presente na vida de qualquer criatura. São três aspectos que a constitui: interno, externo e uma energia interiorizada que desenvolve a aparência e a finalidade de estar presente nas ramificações diferenciadas do sistema universal. Com corpo ou sem corpo. Na água ou no ar. Com movimento ou sem movimento. São os seres vivos criados que faz parte do ecossistema global regidos por leis pertinentes a cada uma deles.
Diante de tantos aspectos e de tantas diversidades todos, sem exceção, têm como propósito a felicidade, a expansão e o crescimento, dentro do processo individual ao qual está contido e destinado a realizar em vida. A transformação e a preservação da espécie são inseparáveis em detrimento a evolução, a inteligência e a criatividade. A mutação, ao longo do tempo, é a função principal a ser desenvolvida gradual ou progressivamente, das classes que distinguem uns dos outros.
Coube aos humanos um sistema nervoso altamente evoluído, portanto, ilimitado para viver, modificar e comandar os fluxos criativos já existentes e os que ainda estão por vir. O que equivale dizer: do homem depende o equilíbrio de todas as coisas que possuem vida, como parceiro nato da Mãe Natureza.
Infelizmente, o ser mais dotado de inteligência, insiste em não entender o propósito de ser o mais poderoso entre todos os viventes. Ao invés de preservar os menos dotados para o bem estar comum, vive para disputar e depredar tudo que interfere no caminho do interesse próprio. Sem respeito aos outros tipos de vida, segue num processo individualista em busca do poder e da fama, priorizando os prazeres do ego. Age no conceito de que tudo pode, colocando em desequilíbrio o bem estar comum, particularizando seus desejos. Ter o domínio sobre tudo que no mundo existe é a finalidade, sem esquecer a responsabilidade da preservação global sem a proliferação daqueles que causam males. Da onde nasce a vida o homem é dependente e para lá certamente retornará. Então! Por que não respeitar, amar e valorizar os menos dotados de criatividade e inteligência?

Rubens Fernandes
rubensfernandes@bol.com.br

terça-feira, 7 de junho de 2011

Boa saúde

Boa saúde
A saúde pertence ao ser. Boa saúde é o estado de equilíbrio e evolução ao mesmo tempo. O fato de ser saudável estabelece uma perfeita harmonia permanente às várias fases da vida, transformando a jornada com absoluto domínio daquilo que se objetiva conquistar.
Quando existe a má saúde, a desarmonia passa a enfraquecer a potencialidade da mente, tirando-a do foco central, do equilíbrio necessário para alcançar o estado de felicidade. Paz de espírito.
Todo sofrimento seria aliviado se houvesse uma capacidade plena de entender os fatos. Para tanto, é preciso ter compreensão e compaixão para aceitar o nível de consciência a qual se encontra. Entender o desarranjo e a desarmonia que todos têm que enfrentar independente do querer ou não querer. Assimilar a vida a fim de gerar boa saúde.
O trabalho não depende só de uma boa alimentação. Existe um processo precioso a ser elaborado em conjunto para desenvolver o equilíbrio do corpo. Trata-se de eliminar as crenças do sistema mental para ter alegria de viver.
Acima dos valores físicos, está o poder do pensamento não vigiado, estabelecido naturalmente no processo psicológico que irá determinar as condições saudáveis de cada ser. Identificado com o meio ambiente e com as relações interpessoais.
Se quisermos desfrutar de uma boa saúde e harmonia na vida, é necessário entender os valores que forma a massa corporal. Ir além do acreditar apenas em uma das partes. Refletir e entender o corpo, a mente e a alma, como formação preciosa do estágio e circunstância em que se encontra ou se permanece.
O resultado final para se ver livre das doenças, depende do comportamento e, este, obviamente depende da escolha intelectual que analisa e julga pelo sentido, pelo ambiente e pelos conceitos. A alimentação é apenas uma forma cultural difícil de ser mudada. Somos dependentes de um raciocínio que pode ou não optar pelo estabelecimento da boa saúde, ingerindo e agindo corretamente. Ações variadas também ocorrem quando se tem a necessidade do corpo influenciar o processo mental. Em resumo, todas as formas afetam diretamente a espiritual.
Estar bem consigo mesmo é o que gera atitudes saudáveis. Infelizmente não existem políticas abrangentes que tratem do bem estar social do homem como um todo. Os atos são feitos separadamente e as pesquisas médicas impõe cada vez mais especialidades. Um grande erro... Não somos robôs e, sim, gente. Temos mente e, esta, tem que ser levada em conta.
A dor só é sentida porque temos energia identificando e, espírito para padecer. Trazer à realidade o detalhamento sem esquecer a relação entre o corpo, a mente e a alma, é caminho para ter boa saúde. Ir ao encontro das causas psicológicas, permitindo o conhecimento daquilo que se estabeleceu num determinado nível da consciência, é o mesmo que retirar o carnegão que gera focos de infecção.
Permita pensar e agir por você. Não separe nunca as suas peças vivas e atuantes. Acredite nas intuições. Pratique a lei divina do amar o próximo como a ti mesmo. Só assim terá vida saudável.

Rubens Fernandes
rubensfernandes@bol.com.br

terça-feira, 31 de maio de 2011

Semelhante... Porém, desigual

Semelhante... Porém, desigual
Existem as diferenças físicas, mentais e sociais... É só olhar e observar as formas de manifestar e se apresentar a criatividade da natureza. São os mais variados tipos, desde o mais simples até as mais complexas revelações.
Se você pensa que elas estão presentes só nos seres humanos, está enganado! Acontece com todos os seres animados ou inanimados. São feitos semelhantes, porém, desiguais. Identificados no interior de todas as coisas a ser experimentada nas mudanças constantes de tudo que surge e passa a conviver com os processos transformais do tempo. Fases de crescimento, envelhecimento e morte. Eis a beleza e o sentido da vida. Eis a questão! Nada simples desvendar os mistérios que atormentam a mente dos dotados de inteligências. As identificações e as durabilidades, porém, nunca a equação.
Todos formados por mundos únicos e com estruturas mutáveis, embora, comparados pela ciência e pela sociedade. Esta história de tal pai tal filho, na realidade não existe. O que existe são os jeitos e os trejeitos, mas, nunca a relação entre coisas e pessoas iguais. A impressão digital serve como um bom exemplo.
A maneira e a forma de se expressar é que faz a diversidade da caminhada em direção à perfeição. Tudo pela igualdade e pela fraternidade. O Universo existe pelas diferenciações. Ela é fundamental para equilibrar a expressão física e mental dos seres vivos, por consequência, aprimorar o processo espiritual rumo à evolução, separadamente. Independente, desde o momento do nascimento. Individual e feito para formar o todo.
Através dos atos e ações todos seguem em busca da correspondência perfeita entre as partes, dentro de um equilíbrio humanitário, pois, da consciência mais elevada, depende a proteção e a compaixão aos que se encontram na inferioridade, a partir do nível estabelecido. A compreensão é maior ato de humildade que um ser pode manifestar pelos seus semelhantes. Por isso, a responsabilidade de adaptação ao processo evolutivo, sem ciúmes ou vontade de expressar aquilo que não é. Sem depredar o meio ambiente. Nada de cópias e, sim, a originalidade desde o princípio, com capacidade correspondente ao desenvolvimento a ser feito pelas ações do tempo.
Dentro do sistema universal comparativo entre o homem, os astros e os demais seres não têm substitutos e, sim, a definição das semelhanças, com as diferenças interiores estampadas e bem definidas. Ocorre que durante as manifestações naturais dos que vivem a jornada do conhecimento, uns aceitam e outros não. Mesmo porque, os traços globais são os mais variados, desde uma beleza espontânea até uma feiúra contundente, uma longa ou curta vida, se encontrando e se envolvendo para formar uma nova criatura. Criando e desvendando características distintivas. Assim, formando os mundos parecidos e desiguais. Sempre que fundir um lado com o outro, vai existir uma criação independente e exclusiva.
A crença da igualdade, não importa se positiva ou negativa, é desumana, por tirar a liberdade de ser e viver pelas próprias qualidades. Todo cuidado é pouco com o nascer de uma nova criatura. Nada de rotular! A igualdade total só existe na consciência pura (Deus). Esta sim tem que ser igual a todos.

Rubens Fernandes

terça-feira, 24 de maio de 2011

Atrás do monte

Atrás do monte
A felicidade está atrás do monte. Percorremos a vida subindo e caindo tendo como destino chegar até o alto e, de lá, descer para encontrar a morada nas terras férteis que buscamos conquistar. Trata-se de uma luta diária sem perder de vista o sonho da realização. É preciso não permitir que esta chegada seja no momento que caminhamos para morte. É preciso alcançá-lo ainda com capacidade física e mental para desfrutar das vontades enraizadas, atrás de tudo aquilo que amontoamos. Toda vez que nos refugiamos, aumentamos o monte que construímos para tornar mais leve o sentimento de medo, exigido para vencer as crenças e que não constituem a verdade do que queremos. Assim, é preciso ir ao encontro do obstáculo a ser ultrapassado. Para tanto, a exposição das metas verdadeiras é fundamental. Porém, todo cuidado é pouco com as atitudes. Nunca confundir personalidade com falta de humildade. Falta de humildade é sofrer na obrigação de provar ser capaz de transpor barreiras. Personalidade é chegar pelo desejo da vitória e dividi-la com quem ama. Sem esforço da provação, mas, no esforço da motivação interior.
Muitos chegam até a metade, alguns chegam quase no topo, outros vivem próximos da base. Poucos são os que chegam ao cume, aonde ir além, desoprime pelo conhecimento da verdade, pois, é atrás da sujeira que se esconde a existência da liberdade. Enfim, é a busca constante para chegar ao apogeu. É o mesmo que escalar o Monte Everest, sempre em direção a natureza de um vencedor. Onde o reino do céu está estabelecido para todos num reinado de igualdade e fraternidade. Do alto, admirar o infinito. O nada que permite a construção do todo.
Se deslocar para cima é dolorido, a descida é o alívio das energias desprendidas, traz consigo a segurança de ser capaz.
Trata-se de uma subida que exige conhecimento e sabedoria, nunca a força física. Habilidade para compreender o passado que nos trouxe a montanha a ser superada. Determinação para enfrentar os barrancos que surgirão ao longo do percurso. Entender que o limite é chegar até o alto para poder decidir qual lado do mundo quer ficar. Sem culpa ou culpados. Com amor e não com a exigência de ser amado. Sem reclamo do porque sou assim, mas, na compaixão do porque os outros são assim. Desta feita, sem o peso que nos faz retornar onde tudo começou. A experiência atenua o caminhar para cima. Nela está integrado o universo que a tudo criou. E, colocada em prática, dissolve os morros que retrocede o objetivo individual de cada um, alcançar o idêntico universo criador. Livre, leve e solto.
Já repararam que quando estamos em perigo nos escondemos atrás do monte, ou melhor, atrás de todas as sujeiras amontoadas? É uma forma de sobrevivência que torna a montanha cada vez mais alta. É a ilusão de ser e não a realidade de existir.
Não importa onde estejamos... Temos uma jornada iniciada ao nascer, ir para trás do monte, não na hora do perigo e, sim, na dissolvência de estabelecer o direito da felicidade constante. É lá que estão as terras prometidas a Moisés ao povo de Israel.

Rubens Fernandes
rubensfernandes@bol.com.br

terça-feira, 17 de maio de 2011

Rainha do lar

Rainha do lar

Gosto destas palavras e me atrevo a escrever sobre elas. A sentença me leva a refletir e buscar num processo de pesquisa interna ou externa, as mais variadas interpretações, mas, neste momento, quero apenas tê-la no pensamento e traduzi-la na escrita, como uma homenagem a minha mãe, Leoni Fernandes de Almeida, forte e saudável nos seus 83 anos. Sofrida pela perda precoce da filha “Cidinha”. Sem discriminação as outras, apenas utilizando-a para simbolizar a soberana do lar, de todas que já existiram, existem ou existirão.
Afinal, para mim, a Rainha do Lar é a eterna protetora dos filhos. Sejam eles desgarrados ou grudados no rabo da saia, perdidos ou não, só sei que em alguns casos, homens barbados vivem a buscar em outras mulheres a querida proteção, principalmente, depois que o casamento o separa da mamãe. Tem momentos que o sentimento de abandono é tanto que muitos são obrigados a encontrar amparo na mãe dos próprios filhos. Sogras inteligentes sabem o que é isso, bota a experiência para funcionar e acolhe o genro desamparado. Vira super mãe, tudo para auxiliar a filha. Sogra que é sogra é assim... Quando o dela vai, trata logo de repor com o da outra. Por outro lado, acabam sufocando o genro que nunca esquece a comidinha da mamãe. É uma confusão danada que acaba não dando muito certo.
Sei que mães agem por amor e chegam ao extremo de abandonar as criações, fazem por não acreditarem na capacidade de amar ou suportar o encargo de criar. Parece ilógico defendê-las, mas, reflitam e encontrarão a resposta no desespero de cada caso. Graças ao bom Deus são poucas as que atuam desta forma. Mesmo assim, é extremamente perigoso condená-las. Pois, mãe é mãe, a ela deve-se gratidão e compreensão sem julgamentos. Seus erros têm que ser superados pelo reconhecimento do canal da existência. E, vou além, são libertadoras quando vencidos pelo perdão e pela compaixão.
De criadoras a povoadora do mundo é a natureza dotando a mulher o dom da procriação. Sem elas, não existiria transformação. São verdadeiras rainhas dos lares. Umas apanham outras, humilhadas, e tantas abandonadas, com um detalhe, geralmente em defesa dos filhos amados. Feridas contra os ciúmes de companheiros ingratos seguem adiante. Todas integradas no nome de Maria... A mãe das mães que suportou o maior calvário de uma cria.
Tudo começou antes dela. O início foi à monarca de Deus, exemplificado na Bíblia como Eva. A partir desta analogia religiosa, surgiram muitos príncipes e princesas que logo viraram Reis e Rainhas. E, mãe que é mãe sabe o que isso. Dentro de cada uma existe uma Eva iniciando o compromisso de povoar o mundo. Sabe que a qualquer momento os filhos vão aos braços de outras. E, estas, passarão a ser mães e sogras. O infinito é a eternidade para os frutos continuados que delas virão.
Se na história religiosa Caim matou Abel, Eva sofreu muito e sofreria muito mais se soubesse que seus filhos futuros matariam e destruiriam a paz no mundo. Creio que as mães dos tiranos da humanidade, certamente padeceram ou padecem, na inocência de terem a natureza do instinto maternal, livre para amar os justos ou injustos. O Cristo ou Anticristo. Por isso, longe de aceitar a criminalidade praticada por eles, mas, amor de mãe é incondicional e merece isenção de culpa.
Quis fazer esta homenagem depois do dia das Mães, pois, entendo, todos os dias é dia de curtir a imperatriz do Lar. Então... Aproveitei o decorrer do mês de maio, tido e havido como mês das noivas, para homenagear todas as Mães e, por consequência, as futuras mamães.

Rubens Fernandes
rubensfernandes@bol.com.br

terça-feira, 10 de maio de 2011

Jeito Animal

Jeito animal

Acredito não ter sentido os animais existirem se não for para deixar exemplos de comportamentos aos seus ascendentes evoluídos. Sem base científica, mas, algo na minha essência diz que somos aprendizes do mundo e, associados ao modelo referencial de poder conter em si, atitudes animalescas e purificá-las.
A razão desta conclusão é que, as condutas de determinadas pessoas são idênticas as dos bichos. Não só através da manifestação corporal, bem como, pelo modo de pensar e agir.
Entre tantos exemplos das mais variadas espécies, todos têm um jeito animal. Basta verificar os comportamentos irracionais que nutre as ações de determinadas cabeças tidas como racionais. E, em algum momento, fomos ou somos à cópia de um deles. As traições amorosas são as mais relativas com as bicharadas, desde um disfarçado olhar até as comprometedoras promiscuidades. Evidente! Não existe escala de valor aos concebidos de consciência.
Em certos casos, são preferíveis os animais, pois os atos são conhecidos, com uma diferença, agem por instinto, sem controle mental e livre do pecado na execução dos padrões comportamentais. Imagine dotar um gorila com a capacidade intelectual do homem. Seria difícil contê-lo e dominá-lo.
Aí é que mora o perigo! O ser humano herdou ou aprendeu a manifestar ações copiadas dos seres não possuidores de raciocínio. Portanto, na inversão, é um ser dotado de inteligência e perigoso quando desvia as ações para a irracionalidade.
Não separa o racional do irracional, são interligados e um manifesta na presença do outro. A natureza é sábia e perfeita. Por exemplo, na corrupção o comportamento é idêntico ao do rato. São ágeis, espertos e roubam, acreditando estarem se defendendo da miséria. Claro! Outros casos também se assemelham a forma do rato. É um bicho que vive as escondidas, operam na calada da noite e não devoram qualquer alimento até que o mais jovem e inexperiente o faça. Concluindo, são traiçoeiros, extremamente egoístas e isolam em grupos. Na verdade, atuam em surdina, não possuem compaixão e, sim, o interesse próprio.
Em comparação, a maioria dos humanos fala em ética, em amor, em amizade, em sociedade e acabam agindo por instinto. Mentem. Esconde o que faz e o seu jeito se identifica com o estilo de determinados padrões animalescos.
As gangues são como os lobos, atacam em turma. São diversos tipos de matilhas a destruir e vitimar irmãos por conceitos ideológicos e sem conteúdos humanitários. Pura contradição na razão de ser para evoluir em Deus e respeitar os direitos constitucionais.
Bem... Em continuidade, é só prestar atenção em mim, em você e nas pessoas que convivem à volta e, analisar os hábitos. Depois, comparar com um determinado bicho. Não tem segredo... É tiro e queda. Todos têm um jeito animal. Seja ele de um dócil esquilo ou de um perigoso pit bull. Questão de caráter, personalidade, educação, cultura e saúde mental.
É incrível! Porém... Verdadeiro. Temos condicionamentos intrínsecos e extrínsecos que nos transformam em determinados momentos e, são manifestações de pura irracionalidade quando o ego está no comando. Vingança, raiva, ciúmes e tantos outros sentimentos que a qualquer momento rompem o respeito humano e atuam no palco dos relacionamentos, interpretando uma raposa a devorar suas vítimas sem dó nem piedade. É gente sendo animal.
Tenho comigo um pensamento: o dia em que a humanidade entender a relação de inferioridade com sua maneira de ser, estará dando um passo enorme para atingir a libertação das ações desumanas. Os irracionais não possuem as mesmas condições de análise interior e poder de escolha, mas, se adaptam ao ambiente, o que leva a deduzir que possuem entendimentos quando treinados por processos de adestramentos. Infelizmente, alguns humanos, passam por transformações educacionais sucessivas e regridem em situações que desafiam as emoções.
Acontece que, o jeito animal de ser vive em segredo e são manipulados por inteligência interpretativa na execução dos atos. Os animais urinam a demarcar os territórios para a sobrevivência. Os homens exterminam vidas para ter o prazer de possuir o domínio territorial. É o jeito animal do ser inteligente.


Rubens Fernandes
rubensfernandes@bol.com.br