terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Estar Juntos

Estar juntos

Esta curta frase torna-se imensa quando se recebe uma ajuda. Toda união fortalece o objetivo a ser alcançado. Por isso, qualquer contato entre pessoas trás consigo o sentido da vida, quando pelas vias do amor, se entregam em função de uma aliança. Trata-se de um pensamento correto, porém, na prática não corresponde, o homem em detrimento do orgulho, desvirtua esta verdade e fica na individualidade entre a mágoa e o perdão, envolvido em pensamentos indecisos para se unificar.
Dentro de uma convivência a adesão não deve ser praticada com o coração de desgostos, e, sim, de bondade, caso contrário, este mesmo coração estará trazendo para si a dor e o sofrimento.
Muitos confundem na interpretação. Alguns vão buscar na autoajuda. Outros, nos auxílios profissionais. Não importa o caminho, toda atenção deve ser dispensada para não chegar ao extremo de enraizar a indiferença, tornando-se prepotente perante os parceiros. A endeusada autoestima não pode superar valores, a ponto de concluir ser benéfica à interiorização como opção de autossuficiência. Esta coisa de que eu gosto e acabou... Eu sou deste jeito e ponto final... Não traduz o ensinamento de amar o próximo como a si mesmo.
Todo cuidado é pouco em se tratando de mágoa, ela pode esconder um grande amor. É preciso estar atento para não chorar depois. Eis uma boa orientação para fortalecer a remissão da culpa. Feliz daquele que consegue perdoar do que ser perdoado, dizia São Francisco de Assis. Quem espera o perdão geralmente se julga merecedor e pode mascarar as virtudes da alma.
Todo ato de negar tem que ser correspondido com benevolência, humildade para pedir desculpas caso não esteja à altura e sabedoria para reconhecer a ferida que a falta de ajuda pode causar. Formular ações pelo uso da sinceridade é principio de respeito humano, porém, ser voluntário as causas alheias, é um princípio divino. Então, seja delicado ao dizer não!
Nunca devemos forçar a união, tão pouco desunir ao expressar uma opinião, principalmente quando se tem o conhecimento de que um dia podemos estar em situação idêntica. Ainda bem que existe na natureza humana exemplo de desapego, onde o ato de amar supera as vontades próprias e jamais silenciou a gratidão pela oportunidade de estar juntos no mesmo desafio.
Por traz dos sentimentos de amarguras está o amor. Sempre que procuramos atender a necessidade do “Eu” ele se afasta. Sem a capacidade de amar, o perdoar passa a não existir e os conflitos são instalados, trazendo consigo os motivos para romper os laços de afinidades. Como o amor tem necessidade de servir, ele deixa de existir quando acreditamos ser independente e negamos o incentivo que falta. A oferta de aliança é um valor a ser conquistado para obter crescimento espiritual.
Estar juntos é a liga que fortalece a individualidade em razão da solidariedade.


Rubens Fernandes

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