quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O preço do amor

O preço do amor

Você Acredita que amor tem preço? Não? Então você é um felizardo.
Sabia que tem gente à beça que acredita e age de forma a manifestar que não acredita.
É verdade... Muitos não conhecem ou desconhecem a cobrança que faz por trás do eu te amo. Falam de boca cheia em afeição e carinho, mas, em compensação, na hora da onça beber água condicionam: só faço isto se você me fizer aquilo.
Engraçado, amar custa e tem preço. Ao agir desta forma cobram para dar amor. Seriam negociantes natos valorizando a própria mercadoria carnal e espiritual dentro dos relacionamentos? Ou, aprenderam a compensar a falta que sente do mesmo amor que lhe impõe suposta vantagem no decorrer da criação ao qual foi exposta? Algo típico de uma mãe desesperada a querer que seu filho seja obediente: “Come tudo se não a mamãe fica triste!”. “Se não for para cama agora mamãe não gosta mais de você!”. Se não bastasse, o pai para ver o filho vencedor propõe um acordo: “Compro um carro novo se passar no vestibular!”. “Libero o cartão de crédito se torcer pelo Corinthians!”. Assim, lá na infância começa o amor que terá preço na escola, no trabalho e no casamento. E, continua na mocidade, na fase adulta e por suposto na terceira idade. Atuam no palco da vida como se tudo isso não fossem atributos naturais para o desenvolvimento emocional humano. É um perigo condicionar méritos por equivalência.
E o valores morais como fica? Claro! Condicionado a dar e receber. O que torna a existência de muitos em martírios e sofrimentos, pois, mesmo capazes de doar não conseguem se livrar do paradigma criado em seu sistema mental. Doam cobrando não importa o que. Querem por que querem algum proveito como se o amor da oferta fosse feito na base da troca. Operam na imposição do desejo de levar vantagens para se sentirem valorizados. Abandonam o sentimento e viram meros negociadores.
Na realidade fazem o que está configurado no subconsciente. Aprenderam desta forma e agora seguem a trajetória da vida exigindo do outro o que não tem ou, porque julgam não ser querido sem retribuição. Enganadas, não encontram dentro de si a superioridade de quem ama sem importar com a permuta, fato que o libertaria para fazer toda diferença entre os que têm apreço e prazer de conviver em sociedade.
São Francisco foi sábio antes de ser santo. Jamais permitiu negar-se entre os homens para não ser negado por Deus. Preferiu amar que ser amado. A decisão por ele tomada rompeu toda crença mental impugnada por impressões tradicionais. Decisão difícil que lhe valeu a ruptura familiar para ser livre e viver de acordo com a regra do coração, priorizando desta forma o mandamento divino. Amar a Deus sobre todas as coisas. Viver a pura vontade sem conceito ou preconceito e nunca ser condicionado a cobrar por um gesto compreensivo de amor.
Amar sem pedir nada em troca é cumprir a missão do caminho espiritual. É transcender os valores carnais e se entregar para ganhar o respeito daqueles que lhe são caros. Sejam eles amantes ou amigos.

Rubens Fernandes
rubensfernandes@bol.com.br

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Esconderijo

Esconderijo
Somos um esconderijo de bobagens. Guardamos um monte de tranqueiras dentro de nós, tornando a vida mais pesada, o que faz com que gastemos energias à toa. Carregar este peso é simplesmente desconfortante e contaminante, bem como pelo perigo que se corre conviver com detritos mentais. Tudo porque gostamos de mentir para nós mesmos. Quando queremos levar vantagens enganamos os sentimentos e passamos a ser fingidos, crente de que estamos tendo o maior lucro do mundo. Hipocrisia pura. Criamos na verdade um montão de lixo psicológico que não reciclamos e sobrepomos o tempo todo dentro de nós. Lixo mental também se decompõe e quando o amontoamos em nosso campo mental, viramos pessoas tensas e pressionadas. Sem perceber esquecemos que em determinado momento o nosso esconderijo já não suportará tanta carga e por vezes se romperá mostrando toda sujeira.
Depressão, ansiedade, problemas cardíacos, choro, desavenças ou tantas outras doenças físicas e mentais, têm tudo a ver com o processo somático de ações erradas e de omissões mentirosas acumulativas em nosso sistema fisiológico.
Toda vez que agimos na sacanagem e, muitas vezes a praticamos na falsidade de falar o que na realidade não estamos sentindo, criamos lixo mental. Este lixo será depositado em algum lugar da mente, permanecendo despercebido, mas, estará lá junto com outros tantos armazenados anteriormente e, em algum momento manifestará uma pressão insuportável.
A vida foi feita para ser vivida na sua integridade, na sua espontaneidade e na sua franqueza. É preciso fazer o que gosta sem medo de liberar este gostar. Do contrário, estaremos armazenando lixo. Cabe aqui um exemplo: viver a vida por segurança, por dinheiro, pelo poder e para ter ao invés de ser, é acumular ilusão, é sair da realidade para carregar o ônus das coisas estragadas que adquirimos com estes atos e ações e nada mais. Enfim, expressar o que não é sincero para alcançar objetivos é lixo. Tem que ser reciclado ou incinerado para manutenção de um corpo saudável.
A teimosia de se esconder em si mesmo é igual construir um aterro mental, com um detalhe, sem controle de entrada e saída. É impossível não gerar detritos mentais quando uma pessoa desenvolve este tipo de sentimento. O ego se abre e se sente poderoso por possuir a maior reserva de mentiras, só para receber as impressões que satisfará momentaneamente o poder de ser o dono da verdade sem demonstrar a falta de conhecimento. Grande engano, pois estará aterrando fora de controle uma quantidade enorme de impurezas supérfluas que o levará cedo ou mais tarde a um sofrimento desnecessário.
A jornada estabelecida pela Mãe Natureza é livre e sem esconderijo. Abra o coração e use as ferramentas da mente para consertar o que fez ou que está fazendo de errado. Libere suas vontades no respeito das vontades dos outros. Construa com amor o seu jeito de ser. Console ou afaste de quem não te aceita, com humildade. Seja você e não acumule lixo espiritual. Ah! Não se esqueça de divulgar o segredo do esconderijo, assim ele não mais será um peso morto a ser carregado inutilmente.

Rubens Fernandes
rubensfernandes@bol.com.br

Brigas

Brigas

Acontece com frequência entre amigos, amantes e familiares discutir para se impor diante do próximo aquilo que é entendido como verdadeiro. Seguro de estar sendo autêntica parte para manifestar o que lhe é interessante, sem se importar com o envolvimento da outra pessoa ou, até mesmo, porque se encontra numa fase de análise ou interiorização e, por isso, se vê no direito de achar que todos estão errados. Nada contra, muito pelo contrário, justiça tem que ser feita para que não haja baixa estima em nenhum dos lados. O que não pode é a manifestação isolada onde ambos julgam estar certo conforme os padrões e conceitos adquiridos.
Fato é que quando ocorre um debate ou explanação de justificativas, todos querem elevar a autoestima, passando por cima do suposto adversário e algo interessante sucede. Vejamos...
Primeiro é a questão da visão que cada um sempre tem que é a do lado que lhe pertence, sem procurar entender a argumentação oposta, impõe, pelo motivo de ter dentro de si a prepotência e o interesse próprio, agi em razão da satisfação do ego que não permite a realidade dos fatos, o que leva a discussão a permanecer somente no campo mental, anulando a compreensão e de certa forma inibindo o aflorar dos esclarecimentos. Quando um não quer, dois não brigam. Fácil seria se uns dos lados atentassem para as razões emocionais do outro, o que geraria compaixão, menos briga e elucidação sem atritos ou cobranças.
Segundo, é que não existe a badalada autoestima porque todo aquele que se eleva contra o outro para disputar a posse ou triunfo de uma ideia, extrapola os direitos humanos e, assim, não tem ouvidos para assimilação dos argumentos contrários. Não existe também quando os envolvidos se declaram com amor, pois, a recíproca é verdadeira e as diferenças são colocadas com afeto, carinho e respeito, transformado brigas em saudáveis diálogos de aprendizagem.
A autoafirmação não deve ser colocada por imposição diante da disputa, pois, nada tem a ver com o desenrolar dos conflitos. Entendendo melhor, é mais fácil conduzir a discussão com os meus argumentos do que prestar atenção nas informações do opositor, visto que, os argumentos usados são únicos a partir do pensamento egoístico de quem debate e quer triunfar e não elucidar, tudo em função de não mais permitir existir em sua vida a famosa baixa estima.
Se a maioria das desavenças observasse o apreço ou valorização que qualquer pessoa tem que conferir a si própria, permitindo-lhe ter confiança nos seus atos e pensamentos, até o momento da contra-argumentação executada pela defesa, muitos rompimentos de amor e amizade deixariam de existir, pois, os sentimentos que libera fazer ou dizer coisas desagradáveis a alguém não ultrapassaria o limite do bom senso frente à divergência.
Todo ser é confiante quando descobre que o coração bate mais forte para desarmar uma mente dominante. Dar vazão aos pensamentos é justo desde que eu encontre dentro de mim o respeito pelo próximo. Quando atinjo a maturidade de que o próximo sou eu, descubro que quando brigo, brigo comigo mesmo, saindo do campo de batalha bastante ferido.

Rubens Fernandes

rubensfernandes@bol.com.br

César e Deus

César e Deus

Muito mais de ter sido o filho de Deus, o mais sensato dos homens que já viveu entre nós, Jesus, foi além da capacidade de perdoar, amar e morrer para livrar a humanidade de todos os pecados. Foi também gente, possuidor de corpo, mente e alma.
Embora não seja possível separar do ser humano as três partes que o compõe, física, mental e espiritual, pode-se analisar separadamente o papel que cada uma dessas partes transmite de potencialidade para a formação de uma pessoa íntegra e de caráter. Claro que o ideal é ter todas elas em sincronia, tal qual o filho mais amado daquele que primeiro criou o universo e depois nos criou.
Ser o predestinado de Deus não deve ter sido fácil para o Homem de Nazaré. Entre tantas funções e ações, foi psicólogo, ensinou e agiu de forma a ajudar seus seguidores a se livrar dos males psicológicos. Foi Doutor em Saúde Publica, mostrou através de exemplos como caminhar, tomar vinho e alimentar de peixes é a direção para obter uma vida saudável.
Acreditem, foi economista! Quem não conhece o texto bíblico? Dê a César o que é de César e dê a Deus o que é de Deus. Ao expressar estas palavras, Cristo foi além das dívidas monetárias, tenham certeza disso. Ele certamente sabia que para ter uma vida de sono tranquilo e livre de pesadelos, tem que estar com a consciência calma e segura de nada dever a ninguém e nem ao Pai que está no Céu.
Da mesma forma, para não ser prisioneiro das doenças físicas e mentais, é preciso estar com os pensamentos desobstruídos dos compromissos assumidos e não quitados. Sejam eles monetários ou morais. Tudo pelo fato de que o nosso “Eu” sabedor de todas as coisas dá o seu alerta, principalmente quando teimamos em esquecer por interesse próprio o que devemos quando transgredimos a doutrina, os princípios e as regras éticas do bom costume. Deus mora dentro de nós e sabe dos comprometimentos e, caso não seja pago, seu estado moral afetará o seu estado geral, resultando desde a falta de saúde até a não realização pessoal, profissional e financeira. O Construtor do Universo foi claro quando disse por intermédio de seu filho: pague o que deve e não use o meu Santo nome em vão para justificar o não pagamento. Sejam justos consigo mesmo para depois alcançar a fartura. Na alegria, no amor e na riqueza.
Para Deus não importa a forma como são cobrados os juros ou impostos. Sejam dos governantes inescrupulosos, de credores bancários ou não, ao assumir a obrigação contraída, pague para que possa quitar também a parte que pertence ao seu Eu interior (Deus) e, assim, ter a tão sonhada paz de espírito e financeira.
A aplicação da Lei da Vantagem ou da Enganação, sendo justificada ou não, pertence ao homem e, suas consequências são os danos fisiológicos e morais. Se tiver dívida ou promessa feita, seja qual for não titubeia, pague e seja livre para a felicidade.
Se quiseres ter riquezas em abundância lembre-se que deve primeiro saldar os encargos tomados com César e, em seguida, pedir a Deus por oração o que tem por direito divino. Fidelidade e juramento em todos os sentidos é coisa séria!

Rubens Fernandes

Falsa superioridade

Falsa superioridade

Não existe algo pior para um ser humano que possuir dentro de si o abuso do poder, exercitado com autoritarismo e longe da vontade de se relacionar com os entes queridos por naturalidade, amor e amizade. Pessoas com este tipo de sentimento são incapazes de reconhecer a desvantagem de viver uma existência ou parte dela acatando a obediência do ego condutor, é sufocante e destrutivo para uma saudável convivência pessoal, social e familiar.
A falsa superioridade pode ser manifestada de duas formas: a interna e a externa. A externa é fácil de ser percebida, pois a pessoa com esta característica é exposta de tal maneira a ser reconhecida e criticada pelos atos e atitudes. Trata-se de indivíduo que governa conforme convém o que lhe é interessante. O resultado desta falta de humildade para extravasar seu carinho com quem relaciona acaba transformando-o em tirano, já que exige uma obediência passiva por parte dos envolvidos, pelo fato de não tolerar ser desagradado. São os prepotentes externos identificados pelo seu modo de agir e se comunicar. Faz tudo direto na exposição dos próximos.
Difícil é observar e encontrar os senhores dos poderes internos. São mansos por fora, porém, agitados por dentro. Ocultos, não aceitam ser contrariados e não revelam com facilidade a autoridade doentia. Sofrem as escondidas, já que não conseguem levar a cabo seu poder superior ao encontrar resistência, quer da vida, dentro das possibilidades e dos acontecimentos negativos que geralmente ocorrem em razão das ações que independe do seu querer. Quer das pessoas, por não respeitar o direito da vontade de ser e expor que cada um tem por livre arbítrio. São os prepotentes internos que, quando não identificados, fazem estragos em si e nos outros. Sua exposição ocorre na esfera psíquica, cultivando mágoas e raivas.
É mais fácil conviver com os ditos superiores externos do que com os superiores internos, pela questão de viverem nas entranhas das influências mentais. Para reconhecê-lo, basta afastar o amor e o respeito envolvente, prestar mais atenção nas ações e nas práticas, assim, torna-se claro verificar este biótipo de prepotência, guardado a sete chaves na massa mais rígida do coração. De mau humor constante, são bombas ambulantes de doenças físicas e mentais, prestes a explodirem a qualquer momento. Se contestado afastam às escondidas na tentativa de se isolarem da contrariedade que lhe podem ser impostas. Abandonam a todos que amam a partir do momento que encontram resistência, principalmente após obrigarem alguém a fazer algo contrariamente a sua vontade. Isolados, reclamam a falta de atenção e carinho. Embora amantes incondicionais e capazes da mais alta valorização humana, tornam suas vidas inaceitáveis, até encontrarem o caminho do respeito e do amor próprio, perdidos quando ainda criança, através dos traumas adquiridos da educação repressora a qual foram expostos. Em ambos os casos de tirania do poder só a reconciliação com a humildade resolve.

Rubens Fernandes

Raiz

Raiz

Todos os seres estão estruturados sob o comando da sua raiz. A princípio pensamos que raiz configura a parte enterrada no solo para dar sustentação a uma árvore. Ela é mais do que isso... Ela é a parte interna responsável pela extração das substâncias vitais, reguladora das ações de desenvolvimento e está presente em todos os seres animados e inanimados.
O ser humano também as tem fincadas nas profundezas da sua formação física, mental e espiritual. Feliz daqueles que no decorrer de uma vida consegue ser nutrido por esta consistente base de equilíbrio e de manutenção psicológica. Trata-se da fabricante da seiva milagrosa do amor, do perdão e da compaixão. Permita que ela circule livremente pelo seu corpo.
Ao nascer trazemos um DNA e no decorrer do crescimento ele passa a liberar o que está escrito no detalhamento do mapa genético. É quase impossível mudar a rota mas, com sabedoria, podemos mudar o tempo e alongar a viagem, buscando viver em comum acordo com o conhecimento da nossa raiz.
O complicado é saber encontrar a ligação entre a mente e o coração, onde se acha o canal transportador dos alimentos necessários a lapidar o que somos, para assim frutificar e ofertar aos carentes e necessitados os dons que carregamos e, por naturalidade, temos que desenvolver para equilibrar o meio ambiente em que vivemos.
Carência, dependência não fazem parte dos elementos vitais, ao contrário, para compensar a falta são adquiridas de outras raízes, sugadas como chupins ou parasitas, a roubar de outros todo o trabalho dedicados a própria conservação. Em razão disto o mundo se torna desumano e incompreensível.
Não importa a formação educacional e cultural adquirida ao longo da jornada, através da educação familiar e social. Seja um doutor ou um simples aprendiz, ambos tem o direito de escolha para ser ou não ser o que é. A verdade construída a partir da semente biológica que ovulou no útero de uma mãe, já traz codificado o ser que irá se desenvolver. Trata-se da raiz espiritual. Descobrir os nutrientes capazes de sustentá-las é o desafio que cada um tem de empreender para conquistar as vitórias humanitárias. Desistir nunca! Vencerá quem souber limpar os canais condutores dos nobres sentimentos. Bondade, felicidade, compreensão e muito mais.
Ocorre que ao nascer e ao longo do desenvolvimento, alguns se adaptam com as crenças herdadas de gerações passadas. Muitos são pressionados pelo amor condicional dos seus pais, parentes e amigos e, em vez de se desenvolverem, são podados de forma a prejudicar a parte íntima, fixa e imutável, responsável pela estabilidade emocional e fisiológica de cada um. A sua preciosa e única raiz.
Vencer e tirar do universo os melhores nutrientes para enriquecer a qualidade da alma é o caminho dos fortes. Jamais permita ser a culpa para dar continuidade aos interesses dos valores construídos por seus antepassados. Seja você mesmo. Permita-se perdoá-los e amá-los conforme o mandamento. Sua raiz agradecerá e fortificará ainda mais o seu modo de viver.

Rubens Fernandes

Camadas

Camadas
Vivemos sob o efeito das camadas. Feliz de quem acredita nesta verdade imposta pela natureza. Ao compreender você se liberta e irá se sentir menos culpado ao continuar seguindo pela trilha da vida. Quando deparamos com andarilhos a catar migalhas para sobreviver, o nosso coração arde por discriminá-lo e a nossa mente por ter medo de ser atacado. Isto ocorre porque somos regidos por Leis Naturais. Veja bem, o fato de estar um nível acima quer dizer que tem alguém um nível abaixo. Mas, a recíproca é real quando estamos à frente de pessoas superiores. Geralmente vivenciamos esta experiência perante um chefe, um representante de igrejas ou até mesmo daqueles que possuem cargos de poder.
Repare que o processo atinge a todos, de forma a dar estabilidade ao segmento evolutivo onde todos estão no mesmo patamar, embora em estágios diferentes ou posições de referências que podem ser estáticas ou rotativas.
Esta é a essência da Lei das Camadas. Dar oportunidade de poder transitar e evoluir em varias atividades temporárias para sua formação. É preciso se envolver e ter a capacidade de respeitar o momento do andar em que encontra só assim você consegue viver em paz e harmonia. Qualquer tentativa de burlá-la ou ignorá-la estará criando ansiedade e rompimento da tranquilidade, colocando em crise todo conjunto de pessoas que ativamente faz parte ou esteja envolvida com o sistema.
As camadas estão presentes quando se propõe a fazer medidas. Nas escalas dos conhecimentos. Na eleição do melhor e do pior. Na separação dos dons qualitativos. Enfim, sempre terá alguém um nível abaixo ou um nível acima, a sabedoria está justamente no saber reconhecer o seu tempo em detrimento ao tempo do outro. Hoje posso estar recebendo os aplausos, mas, amanhã posso estar chorando por receber uma vaia.
Muitos se perdem no mundo da competição pelo fato de não aceitar o envolvimento nas porções de medidas. Fato comum entre os revoltados e os rebeldes. Em geral a maior parte da humanidade não aceita onde está e, isto, leva a criar atos e atitudes prejudiciais às convivências saudáveis e necessárias para estabelecer a paz e por fim aos conflitos. É preciso aprender a não comparar e viver o nível em que se encontra.
Individualmente as questões de ordem psicológicas ocorrem nas mais variadas formas de intrigas familiares e sociais que são originadas pela falta de compreensão da Lei das Camadas, regidas a todos que neste universo respiram. Para estas pessoas as hierarquias estáveis e momentâneas não são respeitadas.
Já observaram que quando nos encontramos no andar inferior nossa reação é diferente de quando nos encontramos num andar superior. Eis o segredo! Muitos não sabem lidar com a situação. A questão está em saber acatar o movimento das posições e permanecer estável em ambos os casos, sem questionamento, sem comparação, sem esforço, sem gastar energia para viver mais e melhor. Pobre de espírito é aquele que julga viver só no andar superior.
Preste atenção! Use o elevador ou a escada de forma correta para chegar aos pavimentos desejados sem competir. A dança universal é assim: ora você está por cima, ora está por baixo.
Feliz 2011! Vida nova!
Rubens Fernandes