sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Amor e razão

Amor e razão

Os polos são diferentes, um é lógico e o outro ilógico. Caminhando em lados opostos, contudo, na mesma direção, ligando-se lá na frente para formar a compaixão. Assim, é o amor e a razão.
Separados, seguem transformando, machucando e conduzindo ao erro as ações e manifestações. O pensar e o agir apartados induzem sentimentos de mágoas e pensamentos de revoltas. Porém, unidos formam o equilíbrio... A paz e a compreensão dos atos.
O amor induz a aproximar. A proteger e conservar. Com naturalidade atrai e distribui afeição, afinidade e um irresistível desejo de estar juntos a proporcionar carinho. Ao extremo é chamado de paixão a exercer uma forte atração.
A razão é o conjunto das faculdades intelectuais capaz de entender e compreender através da inteligência. Algo como uma fonte que jorra raciocínio a decidir para formar juízo em comum acordo com aquilo que está pensando. A legitimidade de estar cumprindo a justiça interior, caracterizada pelos domos e ensinamentos adquiridos.
Entre os créditos e os débitos do amor e da razão, o ideal é a união do impulso dado pelo coração, assimilado pela mente sem imposição da troca ou desforra. Sentimentos e raciocínios íntimos para a criação da harmonia interior e exterior, frente aos relacionamentos. Amar é cuidar. Doar e unir num só corpo o prazer de contribuir para que a legitimidade das partes aconteça espontaneamente com o interesse de ser agradável ou a quem se quer agradar.
A ligação amorosa é formada por diversos canais, por isso, a importância de dispor por meio da lógica o sentimento a ser exposto. São várias as propostas sentimentais e são vários os entusiasmos do sistema mental. Feliz aquele que consegue se educar para impor e respeitar na equivalência o que é do bem e permitido pela escolha correta da afetividade. Sinceridade para não machucar a si e o outro. Relação de discernimento a proporcionar amizade acima de qualquer suspeita.
Quando desunidos, amor e razão constroem um comportamento a ferir. Mesmo diante de argumentos não se encontra fundamento em ambas as partes. Pessoas mais sensíveis são lançadas a ficarem sentidas e impunes a uma recuperação rápida da tristeza e do desinteresse pelos prazeres da vida. A depressão e outros males psicológicos geralmente são oriundos do amor excessivo ou da racionalidade acima dos padrões normais. Bom é ter a equivalência. Amor, mais razão, manifestado pelo poder do equilíbrio.
Legal é fazer amor... Não morrer de amor... Tudo pela arte de ter amor.



Rubens Fernandes

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