quarta-feira, 6 de junho de 2012

Influência negativa

Influência negativa



Uma pessoa digna e consciente tem que saber o momento certo para desabafar os rancores da vida. Qualquer atitude precipitada pode machucar para sempre um relacionamento inocente e aquém dos desamores que não lhe pertence. Induzir outras pessoas na teia dos dissabores é influenciar negativamente os que não têm culpa. Por isso, todo cuidado é pouco quando abrimos a boca para expor raiva ou ressentimentos. Muitos podem deixar de viver um grande amor ou amizade, em função da maldade daqueles que possuem o poder de influenciar.

Nem sempre o meu desafeto tem a ver com os que vivem a minha volta. Expandir aversão psicológica é não ter na consciência os valores que carregamos. Quando fazemos um simples desabafo envolvemos pessoas e, de certa forma, acabamos ferindo o direito do não envolvimento daqueles que nada tem a ver com tais sentimentos, porém ligados por razões bilógicas ou de afinidades. Ao falarmos bem ou mal estamos transferindo acusações e, esta energia desprendida, pode modificar ou abalar o curso da vida. Não é a toa que os inocentes pagam pelos pecadores. Casos comuns advêm das separações, sejam elas familiares ou societárias que acabam influenciando e interferindo diretamente em outros relacionamentos.

A melhor maneira para não espalhar a influência negativa é resolver diretamente com o causador do ferimento. Qualquer outra atitude é incentivar humanos a serem preparados para a guerra e os conflitos.

Saudável é conscientizar os próprios erros antes de partir para o julgamento. Sentenciar então com comentários maldosos é romper o direito humano a ferir corações ingênuos. Estando certo ou errado o digno é ficar entre as partes. Covardes são os que machucam corações alheios e os enchem do mesmo ódio. Um filho não pode ser influenciado por causa de uma separação. Um sócio não pode ser colocado na berlinda por uma sociedade rompida. Somos livres para reclamar e, sábios, são os que escutam sem participar.

 Não de ouvidos aos corneteiros de plantão, diga não ao negativismo, afinal, não somos pinicos.



Rubens Fernandes


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